Malu Barreto
malubarreto@tvclube.com.br

Após dois anos sem ser realizada, a procissão do Fogaréu voltou a acontecer em Oeiras, nesta quinta feira (14).

A procissão é considerada uma das maiores manifestações de fé do Piauí e acontece há 200 anos, reunindo centenas de fieis que caminham pelas ruas da cidade com tochas acesas nas mãos.

O cortejo é feito por homens saem da Praça da Vitória, percorrem quase 2 quilômetros e voltam  para a praça da Vitória, no patamar da catedral de Nossa Senhora da Vitória, onde os fieis ouvem o sermão do Fogaréu.

Para os todos os presentes o sentimento é de alegria e gratidão por estar retomando a caminhada. “ Depois de tanto tempo proibidos de fazer uma manifestação como essa, o sentimento é de gratidão de estarmos juntos de novo na Praça da Vitória”, disse o professor Nilson Camelo.

Às 21h as luzes do centro histórico são desligadas e a procissão inicia na Catedral Nossa Senhora da Vitória. Fernando que estava com o filho Marcos Neto de 6 anos disse que estava vivendo um momento único, que passa de pai para filho.

O autônomo Ednaldo Vital também reuniu filhos e sobrinhos que ajudam a manter viva a tradição do Fogaréu; “meu coração é só felicidade de estar de volta a procissão”, contou o estudante Antônio dos Santos.

Ednaldo Vital ainda aproveitou o momento para empreender e ganhar uma renda extra e produziu camisetas inspiradas na Semana Santa. “ Fiz 300 camisas e tive que fazer mais 200 porque o povo estava com muita fé e feliz por ter voltado a manifestações de fé”.

Dom Edilson Soares explica que a relembra a perseguição dos soldados romanos  Jesus e que a celebração é o momento de ressignificar.

“Não é para viver vivenciar aquele momento tão trágico, mas dar um ressignificado lembrado que a gente vai ao encontro de Jesus que é a nossa luz. Os guardas não vão ao encontro para prendê-lo, mas porque vale a pena buscar Jesus. E Ele pede que vamos com as lâmpadas a acesas”, declarou o bispo.

A procissão foi retomada com recomendações da Arquidiocese para que os fieis usem a máscara e que venham apenas se tiver com a vacinação completa. Dom Edilson disse ainda que as pessoas com comorbidades devem evitar as celebrações.

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