Kelvyn Coutinho*
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As aulas na Escola Municipal Monteiro Lobato, localizada no loteamento São Francisco, região da Vila Palitolândia, Zona Sul de Teresina, foram retomadas nesta segunda-feira (9), após terem sido suspensas por 15 dias depois que um professor de matemática do colégio ser acusado de estuprar um aluno de 9 anos.
O docente foi afastado da escola ainda no mês de abril e preso na última sexta-feira (6). Ele também foi alvo de um mandado de busca e apreensão, tendo o computador e o celular apreendidos pela Polícia Civil do Piauí.
Segundo o secretário executivo de ensino da Secretaria Municipal de Educação (Semec), Kleytton Halley, foi realizada uma reunião entre representantes do órgão e do Ministério Público do Piauí, em que foi definida a adoção de um protocolo para coibir esse tipo de crime.
“[O protocolo] vai funcionar da seguinte maneira: cada órgão já vai estar ciente daquilo que tem que fazer em cada tipo de situação. Nós não vamos tratar só de uma situação como a que ocorreu, mas várias outra situações que possam a vir ocorrer, cada um já sabendo aquilo que compete dentro de uma situação como essa”, explicou Kleytton. De acordo com o gestor, todas as escolas municipais de Teresina deverão adotar o protocolo, que será elaborado em até 60 dias.
Algumas medidas que serão adotadas para o retorno das aulas na Escola Municipal Monteiro Lobato envolvem a criação de uma equipe multiprofissional para dar assistências aos colégios municipais e ampliação do sistema de monitoramento nas instituições.
“Estamos ampliando o sistema de monitoramento por meio de câmeras, ampliando o quadro de pessoal. No caso da Escola Monteiro Lobato, criamos uma comissão que vai estar acompanhando com o chamado ‘Plantão Social’, onde duas vezes por semana vamos ter na escola psicólogos, assistentes sociais, para estar trabalhando toda essa situação, atendendo desde o aluno que está matriculado como os pais e a comunidade escolar – professores e equipe pedagógica. Dessa forma, sanando e identificando diversos problemas”, comentou Kleytton.
O secretário afirmou ainda que a criança voltará a estudar, no entanto, será em outra unidade da rede municipal de educação.
“Essa criança tem o direito de retornar à vida educacional. Desse modo, foi dado um leque de opções para ela dentro de unidades de ensino próximas, porque a gente sabe que, neste momento, é delicado até o retorno à unidade na qual ela estava vinculada. Tudo isso está sendo feito para garantir dela”, declarou o gestor.
*Estagiário sob supervisão da jornalista Malu Barreto.
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