
Wesley Igor Gomes*
wesleygomes@tvclube.com.br
Professores da rede estadual de ensino do Piauí realizaram, nesta manhã de quinta-feira (19), uma manifestação no Palácio de Karnak, no Centro (Sul) de Teresina. Mesmo após nova decisão da Justiça, que determina o retorno das aulas para a próxima segunda-feira (23), os educadores decidiram manter a greve, que completou 86 dias.
Ainda conforme a decisão, proferida nessa terça-feira (17) pelo desembargador Oton Lustosa, a paralisação é considerada ilegal e, caso não haja a sua suspensão, será atribuída uma multa diária de R$ 20 mil, podendo chegar ao total de R$ 300 mil. Anteriormente, o valor da multa, instituída pela primeira decisão, era de R$ 10 mil.
O Portal ClubeNews apurou que, ainda nesta semana, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica Pública do Piauí (Sinte) deve se reunir e indicar uma data para a realização de uma Assembleia Geral com a categoria. O encontro, que deve acontecer na próxima semana, vai definir se a greve permanece ou não.
Sobre as revindicações, a categoria protesta pelo direito ao reajuste de 33,24% nos salários, conforme definido pelo Governo Federal. Além disso, exigem 4,17% relacionados ao ano de 2019 e 12,84% à 2020. O novo piso salarial dos profissionais do magistério, que trabalham 40 horas semanais, será de R$ 3.845,66.
Secretaria de Estado da Educação (Seduc)
Mesmo com a paralisação, de acordo com a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), a maioria das escolas já está funcionando normalmente. No entanto, 38 permanecem de portas fechadas, dificultando o início do período letivo de 2022.
O órgão, na tentativa de resolver essa situação, tem convocado os servidores da educação para retornarem aos trabalhos. “Não é mais uma questão de concordar ou não concordar, de achar bom ou ruim o reajuste e todas as medidas que foram implementadas pelo Governo. Agora, é acatar a decisão judicial”, disse o secretário de estado da Educação, Ellen Gera.
*Estagiário sob supervisão da jornalista Malu Barreto.
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