
O recurso de navegação anônima do Google foi denunciado por coletar dados de usuários pelo mecanismo de busca Alphabet do navegador em um processo aberto pelo procurador-geral do Estado norte-americano do Texas, Ken Paxton. O anúncio do gestor foi divulgado nesta quinta-feira (19) como um adendo aos processos contra o mecanismo de busca, abertos no início do ano por estados norte-americanos.
A Alphabet é um conglomerado, conhecido como empresa mãe do navegador além de controlar o YouTube, o navegador Chrome e outras plataformas, serviços e subsidiárias. É a quarta maior empresa de tecnologia do mundo em faturamento.
A coleta de dados por meio das tecnologias é um tema já debatido amplamente e que preocupa muitas pessoas. O modo de navegação anônima deveria manter os dados de pesquisa do usuário seguros de rastreio e coleta. Entretanto, a empresa já recebeu algumas denúncias sobre o tema, acusando a coleta mesmo durante o uso do modo anônimo.
Processos acumulados
Os Estados norte-americanos do Texas, Indiana, Washington e o Distrito de Columbia entraram com ações separadas contra o Google em janeiro em tribunais estaduais. O tema tratado foi chamado de “práticas enganosas de rastreamento de localização” que invadem a privacidade dos usuários.
O encaminhamento do procurador-geral Ken Paxton adiciona o modo de navegação anônima do Google ao processo aberto em janeiro. A navegação anônima ou “navegação privada” é uma função que Paxton disse que deveria implicar em um não rastreamento do histórico de pesquisa, atividade e localização do usuário pelo Google.
No texto do processo é afirmado que mesmo utilizando a “navegação privada” sites de uso pessoal podem ser rastreados para coleta de dados como o “histórico médico, orientação política ou sexual do usuário”. O documento também reclama da compra de presentes surpresa revelados ao beneficiado por anúncios direcionados.
Ou seja, de acordo com o texto, “na realidade, o Google coleta secretamente uma série de dados pessoais, mesmo quando um usuário acionou o modo de navegação anônima”.
Defesa
O Google não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. Em janeiro, a empresa disse que os casos comentados não tinham embasamento preciso e as afirmações dos acusadores estariam desatualizadas sobre as configurações da empresa.
“Sempre incluímos recursos de privacidade em nossos produtos e fornecemos controles robustos para dados de localização”, afirmou a empresa.
Ken Paxton também alegou que o Google enganou consumidores ao continuar rastreando a localização dos usuários durante a navegação anônima.
O Google contém uma configuração chamada “histórico de localização” e informa aos usuários que ao desativá-la “os lugares que você vai não serão mais armazenados”, disse o estado do Texas.
Ainda em janeiro, um juiz do Arizona decidiu que as alegações de engano dos usuários contra o Google não eram claras o suficiente e que deveriam ser avaliadas por um júri. O juiz se recusou a descartar uma ação movida pelo procurador-geral do Estado.
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