21 de agosto de 2025

Inserção no mercado: recém-formado e sem emprego; e agora?

Lucy Brandão

Jornalista
Publicado em 07/06/2022 11:29

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(Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil)

Os profissionais recém-formados e, principalmente, os com menos experiências estão tendo dificuldade de inserção no mercado de trabalho. Foi o que apontou uma pesquisa do Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube). Menos de 15% dos recém-formados conseguiu emprego em até três meses após a formatura, segundo o estudo.

Um total de 52,12% dos entrevistados no levantamento realizado em todo o país afirmou não estar trabalhando – 27,85% estão desempregados há mais de um ano.

Dos 43,05% já inseridos no mercado, apenas 19,93% estão executando atividades relacionadas às suas profissões. Isso porque a escassez de oportunidades faz com que muitos recém-formados aceitem trabalhar em funções de níveis médio e fundamental.

A pesquisa do Nube provoca reflexões importantes. A primeira delas é: por que esses profissionais não estão sendo absorvidos no mercado em suas áreas de formação?

Não há demérito algum em trabalhar como atendente, frentista ou serviços gerais, mas a educação deve ser a base do desenvolvimento econômico e social de uma cidade. Então, é necessário pensar em políticas públicas para a geração de emprego com a valorização da formação superior, atualização constante e capacitação continuada.

Outra providência para o futuro não muito distante é a orientação de carreira. Embora prevista na reformulação do chamado Novo Ensino Médio, já em vigor em 2022, poucas escolas particulares de Teresina – e ainda menos instituições públicas – têm se mostrado atuantes no direcionamento de adolescentes para o futuro profissional.

Sem experiência, sem emprego
A pesquisa do Nube apontou ainda que 60,81% dos participantes fizeram estágio durante a faculdade, mas 65,71% relataram como a maior dificuldade para serem aprovados para uma vaga o fato de as empresas exigirem experiências que os candidatos não possuem.

Outro dado que chama à reflexão: por que as empresas continuam exigindo, fundamentalmente, larga experiência em funções que são facilmente ensinadas? Sobretudo para profissionais que não tiveram a chance de aliar a teoria à prática, por meio do estágio, é necessário dar a primeira chance para que estes recém-formados possam mostrar seu potencial no mercado.

Há exemplos de grandes corporações que, inclusive, “fabricam” seus líderes por meio de programas de trainee e planejamento de carreiras em longo prazo. Além de dar a oportunidade, ajudam a moldar bons profissionais com base na cultura organizacional, já que ninguém nasce pronto.

Como driblar o desemprego pós-formatura
As dicas para colocação ou recolocação no mercado de trabalho são muito parecidas quando se trata de profissionais experientes ou recém-formados. O networking, a busca online por vagas em plataformas de emprego ou redes sociais profissionais como o Linkedin, a disponibilidade e o investimento em qualificação são conselhos comuns.

Mas destaco aqui uma dica de ouro que compartilho com jovens estudantes, constantemente: a aposta em planejamento. É importante ter em mente onde quer chegar e traçar uma rota até lá. Pense no que você precisa fazer hoje para estar onde quer chegar daqui a algum tempo. Aproveite o período do estágio para solidificar sua carreira e galgar um espaço na empresa onde atua ainda na fase de estudante. Estes são apenas alguns dos investimentos, em longo prazo, na carreira que você quer construir.

Boa sorte!

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