27 de agosto de 2025

Pesquisa mostra redução na atividade sexual de adolescentes de Teresina; uso de preservativo também diminuiu

Wesley Igor

Publicado em 23/07/2022 18:00

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(Foto: Marcello Casal/Agência Brasil)

Wesley Igor Gomes*
wesleygomes@tvclube.com.br

É na adolescência que a curiosidade por assuntos, até então não abordados, fica mais atiçada. A vida sexual, por exemplo, passa a ser bastante explorada nessa fase.

No entanto, segundo um levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em dez anos, houve uma redução na proporção de teresinenses, com idade entre 13 a 15 anos, que já tiveram alguma relação sexual.

A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), do IBGE, conversou com estudantes da capital e apontou que cerca de 25,1% haviam iniciado a vida sexual no ano de 2009. Já em 2019, essa porcentagem caiu para 20,1%.

A psicóloga e terapeuta sexual Kyslley Urtiga explicou que, mesmo sentindo uma maior liberdade para ter experiências diversas, adolescentes podem ficar confusos quanto à orientação, identidade ou outra questão que envolva sexualidade. Essa sensação pode ser apontada como um dos fatores para a queda nas atividades sexuais entre piauienses. 

“O desconforto por se sentir confuso quanto a sua sexualidade pode gerar tristeza, solidão, baixa autoestima, queda de performance na escola, pressão por parte de amigos ou família, e isso pode levar a questões de saúde mental”, disse a psicóloga.

Psicóloga e terapeuta sexual Kyslley Urtiga (Foto: Arquivo pessoal)

Ainda tratada como um tabu, falar sobre sexualidade pode ser um assunto que gera desconforto para alguns adolescentes, como contou Kyslley. É de grande importância, nesse momento de descoberta, o cuidado com a saúde mental. Caso não haja, esses garotos e garotas podem lidar com alguns incômodos na vida adulta.

“Para os adolescentes, vocês não devem se culpar pelos desejos que sentem – se sentir que questões de sexualidade estão lhes causando sofrimento, falem com um adulto em quem vocês confiam, como pai ou mãe, ou um professor”, expressou.

Pais ou responsáveis

Kyslley também pontuou que a participação dos pais ou responsáveis é extrema importância nessa fase. “Para ser mais fácil estabelecer uma relação de confiança, construa um ambiente: – seguro e livre de julgamentos – com uma escuta ativa, inclusiva e respeitosa – em que falar sobre sexualidade seja algo habitual – com exemplos de pessoas de perfis diversos, nas quais os filhos possam se sentir representados – em que não haja piadinhas, negação ou pressão e se sentir que pode ajudar, procure apoio de um psicólogo.

O uso de preservativo

Preservativo masculino (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Ainda segundo os dados Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) do IBGE, houve uma queda em relação ao uso de preservativo nas atividades sexuais entre os estudantes, de 13 a 15 anos, de Teresina. Em 2009, 67,1% afirmaram que um dos parceiros usou camisinha na última relação. Essa porcentagem caiu para 61,9%, em 2019.

Quanto ao uso de contraceptivo, exclusivamente, na prevenção a gravidez, os dados da pesquisa mostraram que houve um aumento, demonstrando que os adolescentes teresinenses estão mais cuidadosos. Os números apontam que, no ano de 2009, de 68,1%, em 2009, para 74,5% em 2009. 

Além de prevenir uma gestação inesperada, utilizar o preservativo evita a transmissão de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). “A educação sexual deve ser aprimorada e intensificada e, claro, incentivar o uso do preservativo tanto masculino, quanto feminino para podermos evitar essas ISTs”, ressaltou o médico urologista Luciano Couto.   

*Estagiário sob supervisão da jornalista Malu Barreto

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