Wesley Igor Gomes*
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A cultura de manter animais silvestres em cativeiro ainda é muito persistente no Brasil, mesmo com a intensificação de medidas para evitar esse ato ilegal. É a partir desse recorte que surge o livro “Pipoca: o macaco que não sabia pular”, do escritor e médico veterinário, Sandovaldo Moura, em conjunto com o também autor Isaque de Moura.

A obra vai ser lançada nesta sexta-feira (05), às 17h30, na Associação dos Docentes da Universidade Federal (Adufpi), zona Leste de Teresina.

Segundo Sandovaldo Moura, que atuou como analista ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA.), a inspiração para o livro surgiu a partir das suas experiências de vida, que o prepararam para lutar contra o tráfico de animais.

A partir disso, ele desenvolveu o Projeto Liberdade e Saúde, com outros profissionais do IBAMA, voltado para a educação ambiental. Contudo, observando o sucesso do projeto, ele começou a trabalhar em um material num tom mais lúdico, surgindo, assim, a história do macaquinho pipoca. “O livro é mais um dos materiais do ‘Projeto Liberdade e Saúde’, que conta com gibis, jogos, músicas e vídeos educativos”, disse.

“As pessoas que aprisionam espécimes da fauna silvestre acreditam que o fazem ‘por amor’. Esse hábito, tipicamente presente em diversas regiões brasileiras, costuma ser repassado de geração, promovendo uma verdadeira cultura de cativeiro e sofrimento aos animais silvestres”, diz um trecho da apresentação do livro.

Focando no macaquinho Pipoca, a publicação também é o primeiro material da coleção Bicho Solto, que vai abordar a situação de maus tratos de animais presos em cativeiros ilegais no Brasil.

Macaco Chico

A publicação chega cerca de dois meses depois do famoso caso do macaco Chico, bichinho que viralizou na internet após fazer diversas travessuras pelas ruas de Corrente, no Sul do Piauí. Em vídeo postado nas redes sociais, o animal aparece com uma faca e chega a amolar o instrumento em uma parede.

Atualmente, o primata está  passando por período de adaptação com um bando da espécie para. A previsão é que, entre os dias 15 e 18 de agosto ele seja solto em um ambiente natural protegido pelo Ibama.

*Sob supervisão da jornalista Malu Barreto

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