
Com o primeiro caso confirmado da varíola do macaco (Monkeypox) no Piauí, a população precisa redobrar os cuidados, principalmente quanto a higiene, para evitar essa infecção. Por isso, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) reforça mais uma vez que a utilização de máscara e a lavagem das mãos são fundamentais para que a população se proteja dessa doença.
” O vírus também pode ser adquirido a partir do contato com objetos, por exemplo, roupas de cama; toalhas de banho; onde essas pessoas [contaminadas] deitam, sentam, encostam; nos utensílios domésticos, por isso, os cuidados na limpeza desses materiais também é de suma necessidade”, explica o superintendente de Atenção Primária a Saúde e Municípios da Sesapi, Herlon Guimarães.
O Brasil registrou a primeira morte pela doença, no dia 29 de julho, no estado de Minas Gerais. Na época, o Ministério da Saúde informou que a vítima era um homem, de 41 anos, que já tratava outras doenças, incluindo um câncer, o que ocasionou o agravamento do seu quadro de saúde.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a situação decorrente da disseminação do vírus causador da varíola dos macacos como uma emergência de saúde pública de interesse internacional.
TRANSMISSÃO E SINTOMAS
O tempo de incubação do vírus varia de cinco a 21 dias. “A transmissão pode acontecer de forma direta e indireta por meio de gotículas de saliva de pessoas infectadas, pelo contato com as lesões que aparecem na pele, por meio esperma, sangue e utensílios contaminados”, diz a Sesapi.
A Sesapi explica que a “principal característica da Monkeypox (varíola dos macacos) é o surgimento de lesões, como se fossem bolhas na pele. Outros sintomas que acompanham a doença são: febre, linfonodos inchados, dores musculares, dor nas costas e fraqueza”.
“Para aqueles que apresentarem os sintomas da doença, a Sesapi conta com núcleos de vigilância nos hospitais, que auxiliam no recolhimento de material para análise laboratorial e também nas informações sobre o isolamento dos pacientes infectados”.
ISOLAMENTO
O isolamento dos pacientes infectados é de pelo menos 21 dias, seja em hospital ou em casa particular, reduzindo as chances de contaminação de outros indivíduos. O isolamento, segunda a Sesapi, deve ser mantido “até que todas as lesões tenham sido resolvidas e uma nova camada de pele tenha se formado”.
A coordenadora de epidemiologia da Sesapi, Amélia Costa, orienta “que qualquer pessoa com estes sintomas procure uma unidade de saúde, de seu município, para que as equipes de vigilância possam fazer a retirada dos materiais para análises”.
PRIMEIRO CASO CONFIRMADO
No dia 4 de agosto de 2022, a Sesapi confirmou o primeiro caso de varíola dos macacos (monkeypox ) no Piauí: um paciente do sexo masculino, de 46 anos, que reside na cidade de Batalha.
Ele já cumpriu o isolamento de 21 dias e não transmite mais a doença. O infectado apresentou sintomas após contato com uma pessoa que esteve em país estrangeiro, com registro da doença.
As pessoas próximas desse paciente também foram acompanhadas pela equipe de vigilância municipal de saúde e não apresentaram sintomas dessa varíola.
CASOS EM INVESTIGAÇÃO NO PIAUI
O superintendente da Sesapi, Herlon Guimarães, ressalta que no estado existem cinco casos que continuam em investigação nas cidades de Esperantina, Parnaíba, União, Curralinhos e Hugo Napoleão. A Sesapi aguarda os resultados dos exames para comprovar ou descartar a doença.
SOCIEDADES MÉDICAS ALERTAM SOBRE CUIDADOS
Segundo divulgou a Agência Brasil, “as sociedades Brasileira de Urologia (SBU) e Brasileira de Infectologia (SBI) divulgaram uma nota alertando médicos e a população em geral para a importância de estarem atentos ao surgimento de lesões na pele”. Elas alertam para a subnotificação do caso já que os sintomas da varíola podem ser confundir com outras doenças, inclusive as sexualmente transmissíveis.
Prevenção
– A varíola do macaco é classificada como uma doença viral rara, podendo ser transmitida por abraços, beijos, massagens, relações sexuais, secreções respiratórias e através do contato com objetos e superfícies com que uma pessoa doente teve contato. A região anogenital tende a ser uma das mais atingidas pelas feridas provocadas pela doença.
– De acordo com as sociedades Brasileira de Urologia (SBU) e Brasileira de Infectologia (SBI), as pessoas podem se proteger e ajudar a conter a disseminação do vírus que causa a varíola dos macacos, o hMPXV (Human Monkeypox Virus, na sigla em inglês), com medidas como a frequente limpeza das mãos com álcool 70% ou com água e sabão.
– Além de evitar contato físico com pessoas que possam estar infectadas, deve-se evitar compartilhar objetos de uso pessoal, roupas de cama e toalhas até a exclusão do diagnóstico ou o completo desaparecimento das lesões. Quem teve contato com pessoas infectadas, devem estar atentos ao eventual surgimento de sintomas associados à doença.
– Por fim, as entidades destacam que a epidemia atual não se correlaciona com a transmissão de animais para humanos. Assim sendo, não se justifica nenhum tipo de atitude e, muito menos, crueldade em relação aos animais, incluindo os macacos.
Fonte: Agência Brasil
LEIA MAIS
Piauí tem primeiro caso confirmado da varíola dos macacos, afirma Sesapi
Siga o Portal ClubeNews no Instagram e no Facebook.
Envie sua sugestão de pauta para nosso WhatsApp ou Telegram.
Envie sua sugestão de pauta para nosso WhatsApp e entre no nosso Canal.
Confira as últimas notícias: clique aqui!