As micro e pequenas empresas (MPE) continuam sustentando a geração de novos postos de trabalho no Brasil. No primeiro semestre deste ano, 7 em cada 10 vagas de emprego geradas em todo o país são das empresas pequenas. É o que mostra uma análise do Sebrae, feita a partir de informações do Caged – o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados.

A pesquisa mostra que as micro e pequenas empresas foram responsáveis por 72,1% dos empregos, enquanto as médias e grandes responderam por 21%. Foram 961,9 mil vagas criadas pelas MPE no primeiro semestre deste ano, contra 279,8 mil das médias e grandes. E este nem é o primeiro ano deste cenário. No primeiro semestre de 2021 a proporção também foi de 7 em cada 10 vagas geradas pelas micro e pequenas empresas no país.

Entre os setores que mais criaram oportunidades no seis primeiros meses deste ano, os Serviços continuaram sendo a principal força geradora de postos de trabalho do país, com 533 mil contratações.

Os setores de Construção e Indústria da Transformação vêm em segunda e terceira posições, com 168,8 mil e 126,3 mil empregos gerados respectivamente.

Em todos os setores, as micro e pequenas empresas apresentaram saldo positivo no período, inclusive no Comércio, que foi o único com saldo negativo entre as médias e grandes. Enquanto as MPE criaram 90,6 mil novos postos, as MGE encerraram 42,8 mil vagas no setor.

Apesar dos dados serem claros, as políticas públicas e os incentivos ainda são pequenos a uma parcela dos negócios que vêm carregando a economia brasileira nos últimos anos e, principalmente, sustentando o mercado de trabalho.

É preciso fazer mais para que a carga tributária excessiva e as dificuldades de manutenção em longo prazo não sufoquem também as MPE no Brasil.

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