29 de julho de 2025

Quiet quitting: nem certo nem errado, um comportamento das novas gerações

Lucy Brandão

Jornalista
Publicado em 13/09/2022 10:50

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(Foto: reprodução/ Pixabay )

Lucy Brandão
lucy@tvclube.com.br

Entre os assuntos mais comentados das redes sociais e principalmente do LinkedIn (rede social focada em mercado de trabalho), nas últimas semanas, no Brasil e no mundo, esteve a expressão “quiet quitting”.

O termo em inglês que, em tradução ao pé da letra, significa “demissão silenciosa” representa bem mais que uma nova onda e vem ganhando força como um movimento das novas gerações, um comportamento da geração Z (nascidos a partir de 1995) e alguns millenials (pessoas nascidas entre a década de 1980 e 1994) no ambiente de trabalho.

Basicamente o que define esse movimento é a proposta de trabalhar o suficiente – nem mais, nem menos do que foram contratados para fazer. Eles acreditam que seu valor como pessoa não está atrelado à produtividade e propõem limites entre o pessoal e o profissional.

Especialistas com quem tenho conversado explicam que a expressão “demissão silenciosa” foi criada não por quem é adepto desse movimento, mas de forma pejorativa, com o intuito de criticar a posição dessa nova geração.

Segundo os críticos, essa é uma geração preguiçosa, sem ambição, que está perdendo oportunidades de crescimento e impedindo outras pessoas de crescerem que poderiam estar ocupando a mesma posição. Daí o nome de “demissão silenciosa” – já que os críticos acreditam que o comportamento de millenials representa uma auto-sabotagem.

Do outro lado, entre os que defendem o movimento ou são adeptos a ele, a defesa é de que as novas gerações não lidam com o trabalho como as gerações há 20 ou 30 anos. Eles prezam pela saúde mental e repudiam a prática de trabalhar fora de hora, sacrificar finais de semana ou momentos com a família em razão dos compromissos corporativos.

Os chamados quiet quitters lembram que as gerações que fazem isso são as mais afetadas por burnout, ansiedade, depressão, entre outros problemas de saúde.

Quem está certo e quem está errado nessa história? Você pode escolher um lado. Já para os psicólogos especialistas em recursos humanos e consultores de carreira não existe alguém com toda a razão. Para eles, mais que um movimento, este é um comportamento das novas gerações e veio para ficar, não importa que você ou as empresas não concordem.

 

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