
Luana Fontenele
luanafontenele@tvclube.com.br
O Dia de Finados é uma data marcada por pessoas indo aos cemitérios prestar homenagens aos seus entes queridos, com flores, velas, objetos pessoais e preces.
Sobre a entrega simbólica de presentes, o mercado informal se destaca pelos autônomos que aproveitam a data para vender produtos específicos e garantir uma renda extra.
A dona Teresinha, como é conhecida, afirma que todo feriado de Finados vai até à porta do cemitério da Vermelha, na zona Sul de Teresina, vender coroas de flores e jarros. Ela comenta que as vendas sofreram uma redução durante o período da pandemia da Covid-19, com a diminuição do número de visitantes.
“Eu vendo flores todos os anos no Dia de Finados e percebi que as vendas estão bem ruins. Nos outros anos, as vendas eram bem maiores e tinha mais gente visitando o cemitério”, conta a vendedora.
Com o dia nublado, algo incomum para o início de novembro que faz parte do BR-O-BRÓ, Davi Alves, vendedor de picolés e sorvete, também notou uma queda em suas vendas, mas afirma esperar que até o fim do dia consiga vender os seus produtos.
“No dia de hoje eu sempre vendo muito, porém com o dia nublado e as vendas iniciaram fracas. A expectativa é que o sol apareça para que eu possa vender bem”, conta o autônomo.
Se para os vendedores de picolé e flores o dia começou com vendas fracas, para Cleide Barbosa, que há 12 anos vende velas e fósforo na porta dos cemitérios no Dia de Finados, a procura por seus produtos iniciou ainda na terça-feira (01) e continuam a todo vapor com os estoques praticamente esvaziados.
“Após a morte da minha mãe, eu fiquei sem nenhuma renda. O pessoal do cemitério, que me conhece desde pequena, me deu a ideia de vender aqui e, desde então, eu venho sempre. Graças a Deus eu me antecipo, venho um dia antes vender para os que gostam de comprar antecipado, ou vem ajeitar alguma coisa, e já no Dia de Finados eu consigo vender tudo que eu tenho”, conta
Indo um pouco na contramão dos produtos mais vendidos na data de homenagem aos que já partiram, o Luís Angêlo Soares, especialista em placas para túmulos e residências há 5 anos, aposta nesse feriado para alavancar as vendas e divulgar o seu trabalho.
“Eu faço placas para residências, ruas e para memoriais em túmulos. Nesse período de finados a procura é bem melhor, pois muitos querem realizar reformas nos jazigos e com isso buscam renovar as placas. Por isso, sempre fico por aqui nessa época para receber os pedidos de quem está precisando”, destaca
LEIA MAIS
“Sua mãe está aqui com você”, diz aposentada que cuida e visita túmulo do filho
Dia dos Finados: famílias lotam cemitérios para celebrar a memória dos entes queridos
Envie sua sugestão de pauta para nosso WhatsApp e entre no nosso Canal.
Confira as últimas notícias: clique aqui!