A desembargadora Liana Chaib, do Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região, passa por sabatina no Senado Federal, após indicação para o cargo de ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST) pelo presidente da República, Jair Bolsonaro.
Ela comentou que, após 81 anos de existência do Tribunal Superior do Trabalho, o Piauí vislumbra pela primeira vez uma magistrada a compor a mais alta corte trabalhista.
“Representando esse valioso ineditismo, encontra-se diante de vossas excelências, uma mulher piauiense, nordestina, brasileira, uma juíza cujas decisões sempre foram permeadas pela sensibilidade e pela visão feminina”.
A apreciação do nome acontece pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), nesta terça-feira (22), com transmissão ao vivo pelo canal do Youtube (vídeo acima).
Ela deverá ocupar a vaga aberta com a aposentadoria do ministro Renato de Lacerda Paiva. Liana Chaib foi presidente do TRT-22, no Piauí, por dois mandatos, sendo o último no biênio 2018-2020.
“Sou filha da Terra Nordestina, filha do Sol do Equador. Este fato torna ainda mais preciosa a aspiração de integrar o digno corpo de membros do Tribunal da Justiça Social. A chancela de vossas excelências a honrosa missão para qual fui indicada, muito além de consagrar projeto pessoal de uma juíza, significará trazer meu estado natal a um posto de destaque com o qual muito foram agraciados dentre os entes federativos brasileiros”, disse Liana Chaib durante a sabatina.
Chaib falou sobre a sua história pessoal e profissional. “Para registro, tenho como lugar de berço nascedouro o meu querido estado do Piauí. Meu avô veio de Malula, uma cidade da Síria. Para fugir dos horrores da guerra teve de abandonar sua terra, chegando ao Brasil por mero sortilégio. Desde então, vi a luta dos imigrantes em se afirmarem em lugar distante e diverso de seu país natal. Esperança, muito esforço, trabalho sério e honrado sempre me foram transmitidos como deveres e obrigações, sendo estas as marcas dos meus ancestrais”.
TRAJETÓRIA
Liana Chaib ingressou na carreira em 17 de maio de 1990, quando assumiu o cargo de juíza do trabalho substituta. Em seguida, foi presidente da 3ª Junta de Conciliação e Julgamento (atual Vara do Trabalho) de Teresina, sendo promovida, por merecimento, a desembargadora do TRT da 22ª Região em 7 de junho de 2001, onde ocupou os cargos de vice-presidente, corregedora-regional e presidente.
“A desembargadora fez parte da lista tríplice elaborada em setembro pelo TST somente com nomes de mulheres. Atualmente, o TST tem em sua composição o maior número de mulheres entre os Tribunais Superiores: dos 27 cargos, seis são ocupados por elas, uma representatividade de 22%”, informou o TST.
De acordo com o artigo 111-A da Constituição da República, a desembargadora será sabatinada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado Federal, e, posteriormente, sua indicação será submetida ao Plenário do Senado.
Na época da indicação, o presidente do TST, ministro Lelio Bentes Corrêa, cumprimentou a indicada. “Seus méritos justificam a expectativa de que trará grande contribuição para o Tribunal. Trata-se de magistrada séria e competente, a primeira oriunda do TRT do Piauí, nos 81 anos de história da Justiça do Trabalho”, afirmou.
Liana é bacharela em Direito na Universidade Federal do Piauí (Ufpi). Após 32 anos de atuação no magistrado trabalhista, passou a exercer docência na Universidade Estadual do Piauí, onde leciona até hoje. Ela busca equilíbrio os valores na Constituição do trabalho e do livre iniciativa, trabalhador e empregador.
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