A disputa entre PT e MDB pela presidência da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) está distante de ser resolvida. Segundo o deputado estadual Franzé Silva (PT), que concorre à presidência da Casa, os petistas defendem a alternância dos dois partidos no comando da Alepi. Mas, para isso, seria necessário o consenso entre os parlamentares.
Os parlamentares do PT tentam evitar uma disputa eleitoral para definir o próximo presidente, pois causaria ranhuras na relação entre os membros da base aliada ao governador eleito, Rafael Fonteles (PT). No entanto, será a missão do próprio governador costurar um acordo político e, assim, evitar o desgaste no Legislativo.
“Nós do PT, por termos a maior bancada, defendemos desde o início que teríamos o primeiro biênio e o MDB, que possui a segunda bancada, ficaria com o segundo biênio. Infelizmente, houve por parte do MDB um acirramento de ânimos, querendo os dois biênios”, reforçou.
O Partido dos Trabalhadores defende ser a próxima legenda a ocupar a presidência, já que o MDB ocupa o posto há 17 anos com o deputado estadual Themístocles Filho. O bloco político possui a maior bancada, com 12 deputados estaduais. O MDB é o segundo, com nove deputados.
Por outro lado, a sigla emedebista – que integra a disputa com o deputado estadual Severo Eulálio – argumenta que ajudou o PT a eleger Rafael Fonteles ao Governo e Wellington Dias, para o Senado. Com isso, a gestão da Alepi seria uma medida de compensação ao apoio político concedido nas eleições de outubro.
Fonteles deve intervir
O deputado Franzé Silva reforçou que o governador Rafael Fonteles deverá ser consultado quanto às eleições na Alepi, mas lembrou que os parlamentares têm a palavra final.
“O governador vai ser ouvido. Mas a palavra final vai ser o Legislativo. O governador tem dito que não quer interferir nos outros poderes. Mas ele, como uma pessoa que tem a estratégia maior de desenvolvimento para o Piauí, quer ver dentro da Assembleia uma situação de consenso e harmonia”, finalizou.
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