Emanuel Pereira*
emanuelpereira@tvclube.com.br

Na noite do Natal, um personagem emblemático, com barba branca e vestido de vermelho, entra em nossas casas pela chaminé e deixa vários presentes embaixo da árvore natalina. Em seu trenó puxado por renas, o bom velhinho sai do Polo Norte e viaja por todo o mundo para distribuir alegria às crianças. Na sua infância, provavelmente você ouviu os seus pais contarem sobre o Papai Noel. Mas você conhece a verdadeira história do bom velhinho?

Algumas das histórias contam que o Papai Noel não mora no Polo Norte, muito menos anda pelos céus em um trenó. Isso quer dizer que ele não existe? Calma, não é bem assim. A depender do lugar, ele também é conhecido como Pai Natal, São Nicolau, Kris Kringle ou Santa Claus.

A lenda do bom velhinho é inspirada em São Nicolau de Mira, nascido no século III d.C., na Turquia. O santo foi bispo na cidade de Bari, na Itália, onde estão os seus restos mortais.

O Portal ClubeNews conversou com o padre Ekkehard Schneider para conhecer melhor a história. Segundo ele, São Nicolau de Mira era bastante solidário, principalmente com o público infantil.

“Ele era muito amigo das crianças e ajudava, de forma extraordinária, as pessoas pobres. O santo costumava levar presentes para as crianças e levava dinheiro aos mais necessitados. Tudo isso era feito de maneira discreta, pois ele não queria ser visto. Muita gente também afirma que ele colocava esses presentes nas chaminés, para não ser reconhecido”, disse.

Entretanto, o padre critica o que ele define como paganização do Natal, pois o Papai Noel é usado para estimular o consumo. Com isso, as pessoas esquecem que a data comemora o nascimento de Jesus Cristo.

“A paganização distorce o sentido das festas cristãs, como o Natal. A data é comemorada em todo o mundo, mas a maioria das pessoas só lembra do Papai Noel, das compras e dos presentes. Poucos lembram que Jesus é o aniversariante”, destacou.

São Nicolau de Mira faleceu no ano 350, na Turquia. O santo é padroeiro da Grécia, Noruega e Rússia.

*Estagiário sob supervisão da jornalista Carlienne Carpaso

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