
O secretário estadual de Segurança, Chico Lucas, confirmou que o setor de inteligência investiga nomes de piauienses, inclusive servidores públicos, que teriam participado ou estimulado os ataques antidemocráticos e de vandalismo que destruíram as sedes dos Três Poderes (Supremo Tribunal Federal, Congresso Nacional e Palácio do Planalto) em Brasília, no último domingo (8).
“Nós temos alguns piauienses já presos. Estamos monitorando possíveis ações terroristas no território do Piauí, que está sendo feita pela inteligência, e também responsabilizar os servidores que estimulam ou participam dos atos antidemocráticos”, disse.
O secretário esclarece: “Se eu sou servidor e faço um juramento quando assumo uma função pública, principalmente na Segurança, de defender o ordenamento jurídico, a ordem legal, de cumprir a Constituição Federal e a Constituição Estadual, e eu estimulo a violência e atos antidemocráticos, eu estaria descumprindo a minha missão. Por isso, a gente já instaurou processos disciplinares contra policiais civis, militares, e delegados que tenham participados de atos que tenham pregado a violência contra o Estado Democrático de Direito”, disse.
Se houver a responsabilização, eles podem ser desligados do Governo do Estado. “Eles devem cumprir a ordem, mas se não cumprem a ordem e estimulam a violência, então não deve estar na fileira da polícia”.
Sobre o uso das redes sociais para incitar a violência contra o Estado Democrático de Direito, Chico Lucas ressaltou: “as redes sociais não são um lugar onde as pessoas podem cometer crimes. Se uma pessoa incita violência nas redes sociais, ela vai ser responsabilizada sim”.
PRISÕES DE PIAUIENSE
Não há o número exatos de piauienses presos em decorrência dos ataques terroristas em Brasília; somente um nome foi confirmado pela Secretaria Estadual de Segurança, que é João de Oliveira Antunes Neto, de 19 anos. O Gabinete de Crise da SSP-PI esclarece que ele “já estava residindo em Brasília” quando participou dos atos antidemocráticos. Logo, “não saiu do Piauí para participar dos atos”, disse.
Apesar de ter apenas um nome oficialmente confirmado, o secretário citou em entrevista manhã de hoje (12/01) que seriam dois piauienses. No entanto, até agora apenas a identidade de João Neto foi divulgada. Procurada, a Secretaria de Segurança ratificou que seria apenas um piauiense preso até esta quinta-feira (12), por volta das 9h28.
Chico Lucas contou que “as autuações ainda estão acontecendo”. Mais de 1 mil pessoas foram presas em flagrante.
“O ministro Alexandre de Moraes (presidente do STF) definiu que a competência será da Polícia Federal, de Brasília. A gente está subsidiando com informações, mas há piauienses sim. A gente está monitorando os grupos de Teresina para saber se há, da parte deles, algum planejamento para essas ações”.
No mesmo dia dos ataques terroristas, o governador Rafael Fonteles (PI), determinou ao secretário estadual de que auxiliasse o Ministério da Justiça na apuração de eventual participação de piauienses que se deslocaram para participar de atos terroristas no Distrito Federal. Rafael Fonteles repudiou os ataques terroristas contra os Três Poderes.
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