O jovem Willian da Silva Alves foi solto, nesta terça-feira (24), após a família protestar contra a prisão alegando racismo e ilegalidade no flagrante. No vídeo acima, ele é recebido pela família na saída penitenciária.
Ele foi preso em flagrante suspeito de participar de um roubo ocorrido na cidade de Cocal, no Norte do Piauí, no dia 17 de janeiro e teve a prisão convertida em preventiva. Uma vítima de tentativa de roubo a um comércio denunciou o rapaz como o autor do crime.
No processo eletrônico consta que ele estava recluso na Penitenciária Mista de Parnaíba-PI e o alvará já foi cumprido nesta terça-feira (24).
Na última sexta-feira (20), familiares e amigos de Wilian da Silva Alves protestaram contra a prisão do rapaz. A manifestação aconteceu na cidade vizinha, em Buriti dos Lopes, onde ele reside com a família. Eles afirmam que o rapaz é inocente e sofreu racismo ao ser preso injustamente.
O grupo enviou filmagens de câmeras de segurança que comprovam a inocência. A prisão foi realizada pela Polícia Militar após a vítima do assalto confirmar que Wilian era o suspeito. Os advogados de Wilian entraram com o pedido de soltura.
SOBRE A PRISÃO
O Portal ClubeNews teve acesso ao documento do auto de prisão em flagrante que foi convertida em preventiva pelo juiz Manfredo Braga Filho.
O documento dispõe que Wilian foi preso em flagrante por roubo e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido. No relato da ocorrência, a vítima afirma que após fugir por uma porta no interior do comércio, o assaltante efetuou quatro disparos. O criminoso chegou ao local em uma moto, conduzida por uma mulher.
A mãe do suspeito, Maria José da Silva Alves, afirma que Wilian foi a Cocal de moto para visitar a namorada. Mas o veículo teve falha mecânica e, então, Wilian pediu carona ao cunhado para ir até a praça da cidade, onde o assalto estaria acontecendo.
RACISMO
Wilian foi denunciado pela vítima à polícia como autor do assalto. Moradores no protesto ressaltam que ele estava “no lugar errado, na hora errada”.
A família também afirma que o jovem sofre racismo ao ser apontado como o autor do crime. “Ele foi confundido com o assaltante só por causa da cor da pele dele, isso é inadmissível”, afirmam os manifestantes.
Segundo os manifestantes, as filmagens em câmeras de segurança apontam que Wilian não estava presente no crime. O celular dele, segundo a família e amigos, também aponta que Wilian estava almoçando em conversas no WhatsApp no momento em que o crime foi registrado.
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