Motoristas, cobradores e usuários do transporte coletivo de Teresina protestaram em frente à Câmara Municipal, na manhã desta terça-feira (24), contra nomeação de Ramon Júnior, para a Gerência de Transportes de Teresina, e a proposta de demissão coletiva encaminhada à categoria por parte dos empresários.
Os manifestantes atearam fogo em pneus em frente ao prédio do Poder Legislativo, na Avenida Marechal Castelo Branco. O fluxo de veículos no sentido Norte – Sul foi interrompido entre as ruas Acre e Francisco de Araújo Costa.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário (Sintetro), Antônio Cardoso, afirma que o sindicato foi procurado para convencer os motoristas e cobradores do transporte público de Teresina a realizarem a demissão na forma de rescisão indireta para que eles possam atuar na informalidade.
“Nós levamos um líder comunitário e defensor público Dr. Igor e eles ouviram da boca do novo contratado da Strans a proposta que foi dada para nós, que como presidente de sindicato que a gente convencesse os trabalhadores a se demitir na rescisão indireta ou que se a gente não fizesse isso, todos os contratos seriam cancelados. É um absurdo o presidente do sindicato convencer os trabalhadores a pedir conta das suas empresas para ir trabalhar na informalidade que possivelmente uma empresa que venha vir para cá para Teresina”, explicou o Antônio Cardoso.
Na Câmara, os representantes do Sindicato dos Trabalhadores Em Empresas de Transportes Rodoviários (Sintetro) realizaram uma audiência com os vereadores da capital, cobrando explicações quanto às mudanças implementadas pela Prefeitura.
Mudanças
No dia 16 de janeiro, o prefeito Dr. Pessoa (Republicanos) nomeou Ramon Júnior para a Gerência de Transportes de Teresina. Ramon é filho do empresário Ramon da Timon City, responsável pelo gerenciamento do transporte coletivo de Timon, no Maranhão. A mudança gerou críticas por parte dos vereadores.
Além disso, a Prefeitura de Teresina e a Strans modificaram os métodos de contagem dos custos gerados pelo serviço, que passará a ser contabilizado por cada quilômetro rodado. Até então, os valores eram calculados com base na quantidade de passageiros que utilizam diariamente o sistema.
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