28 de julho de 2025

Senatepi culpa gestão de Gilberto na FMS pela queda de Teresina no ranking estadual de saúde

Thálef Santos

Publicado em 06/02/2023 22:19

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Presidente do Senatepi, Erick Ricelly — Foto: Gil Oliveira/ G1

Thálef Santos*
thalefsantos@tvclube.com

O presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Piauí (Senatepi), Erick Ricelly, munido do resultado dos indicadores do Previne Brasil, com dados de atenção básica nos municípios piauienses, denunciou a gestão de Gilberto Albuquerque na Fundação Municipal de Saúde (FMS) como causadora da queda de Teresina da primeira posição, para 213° colocado no estado.

“O resultado dos indicadores do Previne Brasil […] mostram o quão a saúde de Teresina, principalmente na saúde básica, estava largada às traças. Quando alguém fazia denúncia achavam que era um absurdo, uma implicância, com a Fundação, com a gestão do Gilberto ou do atual prefeito, Dr. Pessoa”, afirmou Erick Ricelly.

O presidente da Senatepi ressaltou que o ranking é totalmente imparcial e isento de qualquer direcionamento político, realizado pelo Ministério da Saúde. Confira o documento completo do ranking de atenção básica em saúde no Piauí co link Ranking Resultado Previne Brasil (1).

“Passou de primeiro para praticamente um dos últimos colocados na qualidade de atenção. A qualidade que tínhamos ao longo dos tempos está agora em um documento totalmente imparcial mostrando que Teresina estava sendo pessimamente gerida”, disse.

DENÚNCIAS

O vice-prefeito de Teresina, Robert Rios (sem partido), protocolou nesta quinta-feira (26) na Câmara Municipal de Teresina, um documento com denúncias que apontam irregularidades, envolvendo a Fundação Municipal de Saúde (FMS). Conforme a denúncia, a FMS gastou R$ 83 milhões sem esclarecer o destino do dinheiro.

Em 2022, a Secretaria de Finanças realizou uma auditoria nas contas da FMS após as denúncias de falta de insumos nos hospitais da cidade. Segundo o vice-prefeito, o relatório final contendo as irregularidades foi apresentado ao prefeito Dr. Pessoa (Republicanos) no dia 30 de dezembro.

Segundo Robert Rios, não foram tomadas providências por parte do Poder Executivo para solucionar a situação. Robert Rios se reuniu com os vereadores da capital, na sala da presidência, para apresentar a denúncia. De acordo com ele, o documento será protocolado no Ministério Público do Piauí (MP-PI).

Foto: Reprodução/Arquivo

GILBERTO ALBUQUERQUE

Gilberto Albuquerque, o presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), pediu exoneração do cargo na terça-feira (6 de dezembro). Segundo o gestor, havia falta de recursos para manter os serviços de saúde e necessidade de mudança na chefia do órgão. A enfermeira Clara Leal assumiu a presidência do órgão.

Ele afirmou que a luta contra a Covid desde 2020 foi muito intensa e “muitas dificuldades foram ultrapassadas, mas agora enfrentamos uma situação financeira muito séria. Então, temos dificuldade em manter o exercício com os recursos que temos hoje”.

“Eu acho que está na hora de mudar. A Fundação já mudou sua diretoria toda, agora falta mudar só a presidência. Então, vamos concluir essa mudança da presidência”, completou Gilberto.

CRISE NA SAÚDE

Os vereadores de Teresina apontaram duas crises no sistema de saúde municipal: uma administrativa e outra financeira. Segundo os parlamentares, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) tem uma dívida de aproximadamente R$ 10 milhões com fornecedores de medicamentos e insumos hospitalares. 

No ano passado, o Conselho Regional de Medicina denunciou que muitos hospitais estavam até mesmo sem soro fisiólogo para atender aos pacientes.

*Sob supervisão da jornalista Malu Barreto.

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