Os vereadores da Câmara Municipal de Teresina (CMT) aprovaram, nesta terça-feira (7), a criação de uma Comissão Parlamentar para apurar as denúncias realizadas pelo vice-prefeito Robert Rios (sem partido) contra a Fundação Municipal de Saúde (FMS). Dos 29 vereadores, 23 votaram a favor da comissão.
O vereador Leonardo Eulálio (PL), autor da proposta, explicou que o grupo de parlamentares tem a finalidade de apurar os relatórios apresentados pelo vice-prefeito e pontar os responsáveis caso as denúncias sejam comprovadas.
Composição
– Presidente: Deolindo Moura (PT)
– Relator: Leonardo Eulálio (PL)
– Membros: Ismael Silva (PSD), Luiz Lobão (MDB) e Roberval Queiroz (União Brasil).
– Suplentes: Bruno Vilarinho (PTB) e Gustavo de Carvalho (PSDB)
O vereador Leonardo Eulálio explica que, além do material aprestado por Robert Rios, os parlamentares apuram algumas denúncias anônimas e de conselhos de classe.
“Além daquele material apresentado por Robert Rios, também temos denúncias anônimas e denúncias controladas por essa própria Casa. Temos denúncias do Conselho Regional de Medicina e de Enfermagem. Todo esse material será debatido, estudado, para que a gente possa apontar soluções e as pessoas que não trabalharam com conformidade para com a população de Teresina”, declarou.
No dia 26 de janeiro de 2023, Robert Rios protocolou na Câmara de Teresina o relatório de uma auditoria feita pela Secretaria de Finanças afirmando que a FMS gastou R$ 83 milhões sem esclarecer o destino do dinheiro.
Ministério Público
O vereador Ismael Silva (PSD) acionou o Ministério Público do Piauí (MPPI) para que o vice-prefeito de Teresina seja convocado a prestar esclarecimentos acerca das declarações.
Para Ismael, as denúncias feitas por Robert são graves e devem ser melhor apuradas. “O vice-prefeito, ao gravar o áudio, ao expor informações acerca de denúncias, não foi claro em afirmar quem foram realmente os gestores que integram a gestão municipal que agiram com ilegalidade”.
“Segundo a fala do próprio Robert Rios, são ‘parentes’ ou ‘amigos’ do prefeito que estariam agindo com atos ilegais, insinuando que está havendo conduta contrária à legislação, contrária à legalidade da administração pública. No entanto, ao não apresentar de imediato estas provas, faz-se necessário de que toda e qualquer acusação venha acompanhada das provas, até para que haja uma responsabilização”, comentou o vereador.
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