
Lucy Brandão e Carlienne Carpaso
lucy@tvclube.com.br
O vice-prefeito Robert Rios garantiu que a Prefeitura Municipal de Teresina (PMT) não vai aceitar uma nova greve por parte dos motoristas e cobradores do transporte coletivo da capital. “Fizemos um acordo com as empresas e cumprimos nossa parte. Qualquer paralisação será intolerável pela prefeitura, o prefeito deixou isso bem claro”, afirmou.
Rios afirmou que tudo que foi acertado com a prefeitura e homologado pela Justiça, a prefeitura cumpriu. “Se continuar essa lenga-lenga de problema de sindicato com empresa, vamos partir para o plano B. O que não pode é a população ser prejudicada”.
Perguntado sobre qual seria o “plano B”, o vice-prefeito adiantou que a prefeitura pode decretar estado de emergência e contratar novas empresas de transporte coletivo que atendam à demanda da cidade.
“Tem muitas empresas de fora prontas e interassadas em vir para Teresina. Se as empresas licitadas não podem cumprir o acordo feito vamos decretar emergência e trazer empresas de fora”, avisou Robert Rios.
As declarações do vice-prefeito vieram após Teresina amanhecer mais uma vez com motoristas e cobradores de braços cruzados e ônibus parados, nesta quinta-feira (21). A categoria reivindica a assinatura da convenção coletiva, que assegura a jornada de trabalho diária (de sete horas e 20 minutos) e o salário de R$ 1.940,00. A prefeitura alega que já pagou o que ficou acordado e o Setut diz que a data-base para negociação da convenção seria somente em janeiro de 2022.
“Esse comportamento fere o acordo e fere a cidadade de Teresina, pessoas são prejudicadas. Cria um caos na cidade e sem nenhum motivo”, afirmou Rios.
Nova greve
Nesta quinta-feira, uma longa fila de ônibus parados se formou na avenida Frei Serafim, no Centro de Teresina. Os veículos também ficaram parados na Praça Saraiva.
O prefeito de Teresina, Dr. Pessoa, informou que a Prefeitura Municipal já repassou R$ 700 mil às empresas de ônibus.
O presidente da Câmara Municipal de Teresina (CMT), Jeová Alencar, esteve hoje com o prefeito. Ele voltou a defender o rompimento do contrato entre o município e as empresas de ônibus, como propôs a CPI do Transporte pela CMT.
Setut
Em nota, o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) informou que “as empresas cumpriram o prazo de 72h e efetivaram o pagamento da folha dos trabalhadores”.
“Referente às questões trabalhistas com os motoristas e cobradores de ônibus de Teresina, as empresas já cumpriram o pagamento da folha da categoria dentro do prazo de 72 horas. A frota da ordem de serviço acordada com o ente municipal tem sido cumprida e foi toda colocada à disposição dos passageiros do transporte coletivo de Teresina”.
Para o Setut, “o Sindicato dos trabalhadores tem utilizado a não assinatura da Convenção Coletiva como pretexto e motivação para a promoção de paralisações. Importante ressaltar que a data base de assinatura de uma eventual convenção coletiva está prevista somente para janeiro de 2022”.
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