Malu Barreto
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O macaco Chico, que deu o que falar no município de Corrente, já chegou em Teresina e está no Ibama da capital.

De acordo com o chefe de divisão do instituto,  Rômulo Pedrosa,  o animal que é um macaco-prego, está passando por procedimentos veterinários no CETAS do Ibama Piauí nesta segunda-feira (27) e depois será encaminhado ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, que fica localizado no Zoobotânico.

Rômulo explicou que o local é o mais adequado para receber o animal e que na área existe outros indivíduos da mesma espécie favorecendo a formação inicial do grupo, com perspectiva da reinserção dele na natureza. “Existe um mito de que por ser domesticado, o animal não irá se adaptar a natureza, mas temos muitos casos de sucesso na soltura destes bichos em seu habitat natural”.

No CETAS do Ibama, Chico está passando por uma avalição clínica com o especialista em Clínica de Animais Silvestres dr. Eric Carvalho e a acadêmica de veterinária Emília Larissa Oliveira da Universidade Federal do Piauí/Hospital Veterinário.

De acordo com o especialista, esta é uma etapa importante, onde é verificada a saúde física do animal, nutricional e condição psicológica. O macaco também fez a coleta de material biológico para pesquisa de pelos, sangue e swab de secreção da cavidade oral e retal, além da testagem para herpesvírus, família de Coronavírus silvestres e febre amarela.

Todos os exames foram acompanhados pelo analista ambiental, médico veterinário do CETAS do Ibama, Fabiano Pessoa.  “Chico fez a coleta dos materiais para exames, seguindo o protocolo do Cetas e é um animal saudável e nesta terça, vamos levá-lo para a formação de grupo no Cetas da SEMAR”.

Chico recebeu microchip e antes de voltar para natureza passará por reabilitação

Fabiano explicou a importância de formar o grupo com os macacos que sofreram a ação humana e foram criados em cativeiros ilegais. “Os macacos são animais gregários e precisam formar esse grupo familiar nesse desafio que é o processo de reabilitação. Em julho vamos fazer a soltura deles em um área cadastrada e protegida para que eles voltem para a natureza, de onde eles nunca deveriam ter saído”, finalizou.

O analista ambientou destacou o trabalho do ICMBio  de Corrente. “Um acadêmico de veterinário, Antônio Júnior trouxe o Chico em seu carro particular, todos os envolvidos tiveram um papel importante no resgate do macaco.”

Chico também recebeu um microchip, que servirá de registro individual com um número no sistema de controle de animais silvestres do Cetas do Ibama, pois após ser solto, permite o monitoramento do animal, numa eventual captura, onde saberemos o histórico “O chip é do tamanho de um caroçinho de arroz e é inserido de forma subcutânea”.

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