
Jonas Carvalho
jonascarvalho@tvclube.com.br
Tramita na Câmara de Teresina (CMT) o Projeto de Lei nº 234/2022, que proíbe a oferta de alimentos embutidos de origem animal nas escolas públicas da cidade. A proposta gerou polêmica, já que o tradicional lanche consumido pelos teresinenses, a bomba, é feito com mortadela – alimento produzido a partir da mistura de diferentes tipos de carne.
O texto do projeto esclarece que é vedado o consumo de “alimentos com alta adição de açúcares, gorduras, substâncias sintetizadas em laboratório e, principalmente, conservantes”. Assim, a proibição se dá pela “baixa quantidade de nutrientes e elevada quantidade de aditivos químicos” nesses alimentos.
A repercussão se deu com a possibilidade da proibição de salgados tradicionais da cidade em estabelecimentos de ensino. Nas redes sociais, o projeto recebeu críticas após o assunto viralizar em um perfil de humor da cidade, no Instagram.
“Tem que haver uma melhora nas opções disponíveis nas escolas e faculdades, mas proibir a comercialização de bombas soa bem autoritário e desnecessário”, criticou um internauta.
Lanche saudável
O autor da proposta, vereador Evandro Hidd (PDT), ao Portal ClubeNews, esclareceu que a medida contempla apenas a rede municipal, visando tornar o lanche escolar mais saudável.
“Em nenhum momento o nosso projeto versou sobre a venda de salgadinhos, bomba, coxinha, pastel, caldo de cana. Até porque nas nossas escolas e creches públicas municipais, a merenda escolar é fornecida de forma gratuita”, declarou.
“Nós queremos, com esse projeto, ter uma alimentação mais saudável nas creches e escolas municipais nós queremos fazer com que o Município tenha uma preocupação maior com o fornecimento de uma merenda mais saudável, com mais qualidade para as nossas crianças e jovens”, completou.
A proposta tramita nas comissões da Casa e deve seguir para votação no Plenário nos próximos dias.
Alimentos processados
Segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, alimentos processados são fabricados pela indústria, com a adição de sal ou açúcar e outros ingredientes a alimentos in natura para torná-los duráveis e mais agradáveis ao paladar.
Embora o alimento processado mantenha a identidade básica e a maioria dos nutrientes do alimento do qual deriva, os ingredientes e os métodos de processamento utilizados na fabricação alteram de modo desfavorável à composição nutricional.
A eventual adição de açúcar ou óleo transformam alimentos com baixa, ou média quantidade de calorias por grama – por exemplo, leite, frutas, peixe e trigo – em alimentos de alta densidade calórica – queijos, frutas em calda, peixes em conserva de óleo e pães.
Por esses motivos, segundo o Ministério da Saúde, o consumo dos alimentos processados deve ser em pequenas quantidades, seja como ingredientes de preparações culinárias, seja como acompanhamento de refeições baseadas em alimentos in natura ou minimamente processados.
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