Emanuel Pereira*
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Os altos valores do licor de laranja, durante a pandemia da Covid-19 – bebida muito apreciada pelo administrador Marcos Antônio Gonçalves – o motivou a preparar a sua própria  receita. A iniciativa se transformou em um negócio que, há três anos, gera renda ao Marcos, que valoriza produtos regionais na produção do líquido.

Marcos Antônio Gonçalves já trabalhou em uma produção de cachaça durante muitos anos até o produto sair de circulação. E pegou essa experiência para iniciar o próprio negócio.

Familiares e amigos foram os primeiros a experimentar o licor de laranja feito por ele. Então, Marcos Antônio fez novos testes e começou a produzir outros sabores da bebida.

Uma das primeiras experiências de vendas ao público ocorreu em 2021, no município de Cocal, região Norte do Piauí. Ele enviou as bebidas para uma pessoa de confiança comercializar durante os festejos da cidade.

“Essa conhecida ia colocar uma barraca para vender produtos nas festividades religiosas. Enviei os licores para ela oferecer ao público e a bebida teve uma aceitação ótima”, disse.

O negócio prosperou e, agora, oferece mais de dez opções de licores. Frequentemente, Marcos Antônio está presente em feiras de empreendedorismo na capital.

REGIONALIDADE

O empresário busca usar frutas típicas do Piauí para produzir o líquido, como o caju, o tamarindo e o bacuri. Recentemente, ele lançou o licor de pequi, que também conquistou a aprovação dos consumidores.

As embalagens também são produzidas por empreendedores da cidade e homenageiam o estado por meio de figuras tradicionais, como o vaqueiro e o sol, que simboliza o calor de Teresina.

Mesmo diante da expansão do seu negócio, Marcos Antônio não pretende industrializar a produção. Para ele, é necessário valorizar o trabalho artesanal e, principalmente, a regionalidade.

“Pretendo manter meu empreendimento da forma como ele está, usando matérias-primas e mão de obra somente do nosso estado”, frisou.

*Estagiário sob supervisão da jornalista Malu Barreto

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