
O deputado federal Florentino Neto (PT-PI) direcionou críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em virtude da política econômica emprega pela instituição financeira, com a taxa Selic em 13,75% mantida pelo Comitê de Política Monetária (Copom).
O Banco Central se tornou alvo de desaprovação por parte do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tem defendido a troca de gestão. Campos Neto permanece à frente do Banco Central até 2024 e foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Florentino Neto, que também integra a Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara dos Deputados, disse que a atual política de juros do Banco impede investimentos em diferentes esferas do setor econômico.
“A prática dos juros da forma que nós temos hoje não impede apenas os grandes investimentos que gerariam empregos formais, mas impede também os pequenos negócios. A senhora que está lá nos bairros da periferia de qualquer uma das nossas cidades e quer colocar um salão de beleza, uma mercearia, borracharia, e que precisa poder contrair um financiamento, não pode”, disse.
A Câmara instituiu a Frente Parlamentar de Combate aos Juros Abusivos para pressionar o Banco Central quanto à necessidade de novas medidas econômicas.
“Os juros que nós temos são impraticáveis. Dessa forma, nós temos essa política do Banco Central, essa política imposta por Campos Neto, sufocando a capacidade de investimento do nosso povo e de sobrevivência das pessoas. Essas pessoas buscam uma alternativa à empregabilidade. Isso evita que os investidores possam fazer seus investimentos e gerar emprego. Essa frente é frontalmente contrária à política do Banco Central, que mantém esses juros no patamar atual”, finalizou.