
O aumento do número de testes PCR-RT positivos para o novo coronavírus no Piauí tem alertado os pesquisadores do Grupo de Trabalho Sala de Situação da UFPI e Fiocruz Piauí. Nos últimos dias, a confirmação de infecção pelo teste aumentou em 23%. O professor e pesquisador Emídio Matos fala sobre essa situação e comenta a discussão sobre a necessidade da dose de reforço, principalmente em idosos.
“A gente volta a ter uma elevação. Da semana anterior para essa, houve uma elevação de 23%, ou seja, nós estávamos em torno de 16% na taxa de positividade e subimos para 21%. Isso significa que a cada 100 testes realizados pelo Lacen Piauí, 21,46% estão dando positivo, que é um percentual extremamente alto. O Centro de Controles e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos considera que o percentual tem que estar em 5% para estarmos com alguma tranquilidade em relação a pandemia”, explica o pesquisador.
O professor também comenta sobre o reforço da vacina anticovid principalmente nos idosos que primeiro receberam a dose do imunizante.
“Vários pesquisadores do mundo inteiro estão discutindo a necessidade da terceira dose. Os Estados Unidos já tomaram essa decisão de fazer uma dose de reforço. O Brasil começa a fazer essa discussão. Isso é um problema para gente (Brasil) porque não avançou na imunização completa da população”.
Leitos
A comparação da ocupação de leitos de unidade de tratamento intensivo da última semana com a atual também é preocupante, com base nos dados da Secretaria Estadual de Saúde, diz o professor, que acompanha os números desde o início da pandemia, no ano passado.
“De uma maneira em geral, nós observamos uma redução, mas duas regionais de saúde, na região de Uruçuí e de Floriano, continuam com alta taxa de ocupação. Nós precisamos observar e entender melhor esses dados porque apenas essas regiões continuam com alta taxa de ocupação. Nós precisamos entender essas pessoas que estão em UTI, qual a faixa etária delas, se já tomaram a primeira dose, segunda dose de vacinação”.