Atualizada às 12h
Um médico e um técnico de enfermagem são suspeitos de cobrarem pagamentos indevidos para facilitar a realização de cirurgias em hospitais públicos pelo Piauí, principalmente em Teresina. O delegado Dennis Sampaio, da Delegacia de Combate à Corrupção (DECCOR), informou que eles ganhavam em média R$ 4.500 por cirurgia. O esquema funcionava há mais de dois anos.
Os policiais deram cumprimento a três mandados de busca e apreensão durante a Operação Bisturi, na manhã desta quarta-feira (15). O nome da operação é uma referência ao instrumento de trabalho usado pelos servidores investigados.
A Deccor esclareceu que “a investigação apura suposta prática dos crimes de associação criminosa e corrupção passiva cometida por agentes envolvidos com intermediação e cobrança indevida de valores para realização de cirurgias em hospitais públicos de Teresina”.
Os alvos foram as residências dos servidores públicos e uma pensão localizada no Centro de Teresina.
“Não temos como precisar o tempo que eles atuavam assim, mas só a investigação já dura dois anos. Os valores, naquele tempo, eram a partir de R$ 4.500. Existe um canal entre os médicos e os pacientes, que geralmente eram do interior. Eles colocavam os pacientes na fila de prioridade e usavam a estrutura dos hospitais públicos; um deles é o Hospital Militar. Eles ainda não foram ouvidos. A investigação continua”, disse o delegado.
A investigação “mostrou que o grupo ostensivamente agia na agilização de cirurgias de pacientes que pagavam os montantes requeridos, havendo indícios inclusive de fraude da documentação utilizada para justificar os procedimentos”, acrescentou a Deccor.
A pedido da Polícia Civil, “a Justiça também determinou o afastamento cautelar dos dois servidores públicos até que a investigação seja concluída”.
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Fonte: Deccor