Acusada de participação em morte de cabo do Bope em Teresina é condenada a 19 anos de prisão

Thais Monait Neris de Oliveira foi condenada a 19 anos e 30 dias por participação na morte do cabo Claudemir de Paula Sousa, em dezembro de 2016.

Acusada de participação na morte de cabo do Bope em Teresina é julgada no Tribunal do Júri — Foto: Divulgação/TJPI

Thais Monait Neris de Oliveira foi condenada a 19 anos e 30 dias por participação na morte do cabo Claudemir de Paula Sousa, em dezembro de 2016. Ela foi condenada nesta segunda-feira (20) pelo conselho por homicídio duplamente qualificado.

O conselho de sentença considerou a ré culpada por ter aceitado pagamento pelo cometimento do crime e pelo homicídio ter acontecido com impossibilidade de defesa da vítima.

O juiz Antônio de Reis Nollêto, que presidiu a sessão de julgamento e fez a dosimetria da pena, determinou ainda que fosse cumprido mandado de prisão imediatamente contra Thais, que participou e foi ouvida no Tribunal do Júri.

Em depoimento, ela negou que tenha participado do crime, dizendo que foi envolvida no crime por “gostar de pessoas erradas”, por estar no local com o namorado, Francisco Luan, também acusado de envolvimento no crime.

O julgamento teve início por volta das 10h e encerrou às 21h, no Fórum Criminal de Teresina. Thais Monait, que está grávida, esteve presente e foi acompanhada por uma defensora pública. Já a acusação foi feita pelo Ministério Público do Piauí, representado pelo promotor de Justiça João Malato Neto.

A família da vítima, que foi ao Fórum, não foi autorizada a acompanhar o julgamento presencialmente, transmitido online pelo Tribunal de Justiça.

Morte de policial tem quase cinco anos

Claudemir Sousa, 33 anos, estava saindo da academia onde treinava no bairro em que morava, Saci, Zona Sul de Teresina, quando foi morto pelos criminosos.

No dia seguinte cinco pessoas foram presas, entre elas um homem que usava tornozeleira eletrônica. A investigação da Polícia Civil e do Ministério Público apontou que Leonardo Ferreira Lima e Maria Ocionira Barbosa de Sousa encomendaram a morte da vítima. Os suspeitos mantinham um relacionamento amoroso e eram parceiros em supostas fraudes ao INSS.

A peça do MP defende que, temendo que a reaproximação prejudicasse sua relação amorosa e financeira, os acusados planejaram o homicídio e ofereceram R$ 20 mil aos executores.

A negociação foi intermediada pelo acusado José Roberto Leal da Silva, conhecido como Beto Jamaica, que contratou Weslley Marlon Silva, Francisco Luan de Sena e Igor Andrade de Sousa para a execução.

A denúncia aponta ainda Thaís Monait Neris de Oliveira, que serviu de ‘olheira’ para avisar quando a vítima saísse da academia.

Thais aparece sentada de óculos no banco. (Foto: Reprodução/TV Clube)

Dos oito acusados, três morreram. Flávio Willame da Silva, 33 anos, foi morto com dez disparos de arma de fogo, em 11 de dezembro de 2020, no Centro de Teresina. Outro acusado, Igor Andrade Sousa, 22 anos, morreu no dia 7 de fevereiro de 2020, após cerca de seis meses em recuperação por ter sido baleado em agosto de 2019.

O primeiro acusado a morrer foi Weslley Marlon Silva, segundo a polícia, ele foi o responsável por monitorar o policial e matá-lo a tiros. O réu foi morto durante troca de tiros com a polícia em agosto de 2018.

Restam agora os réus: Maria Ocionira Barbosa de Sousa, ex-namorada do policial e apontada como coautora intelectual do crime, Leonardo Ferreira Lima, que, segundo a polícia, foi o mandante do crime, José Roberto Leal da Silva, conhecido como Beto Jamaica, acusado de agir como intermediador.

 


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Fonte: G1 Piauí


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