Jonas Carvalho e Lucas Marreiros
jonascarvalho@tvclube.com.br
Um estudante de medicina está sendo investigado pela Polícia Civil do Piauí suspeito de ter estuprado ao menos sete crianças em Teresina. O jovem, de 22 anos, é enteado da mãe de uma das vítimas e abusou também, segundo a denúncia, de uma sobrinha dela. As duas mulheres estiveram na delegacia nesta quinta-feira (23) e conversaram com a equipe de reportagem do portal ClubeNews.
Segundo a mãe de uma das vítimas, o comportamento da filha dava indícios de que havia sofrido abuso e, após ser questionada, a menina disse que uma prima sabia do ocorrido. “Ela disse que ele havia estuprado ela e minha filha. Começamos a investigar e descobrimos que ele abusou de pelo menos cinco outras crianças”, afirmou a mulher.
Ela informou que descobriu em setembro e procurou a Delegacia de Proteção aos Direitos da Criança e do Adolescente (DPCA) para realizar a denúncia. O caso está sob sigilo de investigação.
Série de casos
A outra mulher que esteve na delegacia contou que o suspeito entrou para a família quando a irmã dela se casou com o pai do estudante. Na época, ele tinha oito anos. Atualmente, a filha dela tem 12 anos e o primeiro abuso aconteceu quando ela tinha cinco anos e o suspeito 15.
“Foi em uma viagem em família, que ele se trancou com ela no quarto do hotel. Desde os seis anos ela faz tratamento psicológico”, relatou.
Atualmente, o jovem cursa Medicina em uma faculdade particular de Manaus, no Amazonas. Ele se mudou para a capital amazonense há dois anos para se dedicar aos estudos.
“A gente quer a prisão preventiva, porque a gente teme que ele fuja. Ele tem condições financeiras, visto para os Estados Unidos e a mãe dele morou muitos anos em Portugal”, concluiu.
Confissão
A família das vítimas divulgou uma conversa com o suspeito por meio do aplicativo WhatsApp, onde ele admite um dos abusos e perde perdão à família.
“[Vítima] disse que desde a viagem do Uruguai que você mexe com ela. Muito triste, ela só tinha 5 anos de idade. Ela hoje em dia cheia de problemas, depressão, etc, tomando remédios fortíssimos, em grande parte devido a isso. Lamentável”, escreveu a madrasta do estudante.
O suspeito respondeu afirmando que “não existe nada que justifique” o acontecido. “Essa foi uma parte escura da minha vida que me envergonha muito e que eu nunca queria voltar. Não existe nada que justifique o que aconteceu, nada que me exima. Só posso pedir perdão para você e para toda a família que sempre me acolheu muito bem”, disse.
O estudante também publicou uma mensagem em uma rede social, declarando que não está foragido e que tudo será esclarecido nos órgãos competentes.
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Fonte: g1 Piauí