Procurador-geral de Justiça não descarta pedido de nova licitação para resolver crise no transporte

O presidente da CMT ficou de enviar os documentos da CPI dos Transportes ao procurador-geral de Justiça, que poderá resultar em novos procedimentos.

Promotor-geral da justiça, Cleandro Moura — Foto: Divulgação/MP

A Procuradoria-Geral de Justiça entrou na discussão sobre a crise do transporte público em Teresina para buscar uma “solução final” para os problemas que se arrastam desde 2020, que provocaram, por exemplo, a redução dos ônibus nas ruas e o não pagamento dos salários aos trabalhadores do sistema.  A Procuradoria não descarta o pedido de realização de uma nova licitação.

O procurador-geral de Justiça, Cleandro Moura, participou, nesta semana, de duas reuniões: uma com os representantes da Prefeitura de Teresina e do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Teresina (Setut); e outra com os vereadores Jeová Alencar e Enzo Samuel, respectivamente presidente da Câmara Municipal de Teresina (CMT) e relator da Comissão Parlamentar de Inquérito do Transporte em Teresina pela CMT.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), foi instaurada na Câmara Municipal de Teresina, para apurar eventuais irregularidades na prestação do serviço de concessão do transporte coletivo na cidade, decidiu pela rescisão do atual contrato com as empresas de ônibus.

“Não ficou fixado um prazo, mas a Strans (Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito) ficou de fazer uma análise dos custos em relação a gratuidade do sistema para que se apresente um acordo pelo menos nesse tocante. Diante disso, não havendo consenso, dessa semana para a próxima, nós adotaremos providências”, comenta o procurador-geral de Justiça.

O presidente da CMT ficou de enviar os documentos da CPI dos Transportes ao procurador-geral de Justiça, que poderá resultar em novos procedimentos.

Cleandro Moura comenta que o Ministério Público do Piauí (MPPI) busca o consenso entre a Prefeitura de Teresina e as empresas de ônibus para resolver a crise do transporte público coletivo em Teresina.

“Tenho que ressaltar que o Ministério Público, através da Promotoria da Defesa do Consumidor, já vinha negociando a regularização desse serviço, inclusive com demandas judiciais.  Mas, O Ministério Público, diante dessa demora de uma solução entre as partes, resolveu, por meio da Procuradoria-Geral de Justiça tomar um posicionamento mais contundente. Esperamos em decorrência da reunião que foi realizada que realmente saia um consenso. E no caso de não sair um consenso, nós adotaremos os procedimentos cabíveis para que realimente se efetive a regularização do serviço de transporte público”, acrescenta.

O procurador ressalta que a discussão contratual cabe aos representantes do SETUT e Prefeitura de Teresina.

“O que interessa ao Ministério Público é que se resolva o sistema de transporte coletivo. O que importa é o usuário e, consequentemente, o consumidor. Não interessa a questão contratual. Nosso interesse é que essa demanda seja realizada mediante consenso entre as partes; caso contrário, nós adotaremos providências, inclusive buscando a regularização do sistema nem que seja por meio de licitação”.

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