7 de julho de 2025

Leite diz que existem “fortes indícios” de fraude em filiações do PSDB de SP

Kelvyn Coutinho

Publicado em 30/10/2021 17:00

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Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), em visita à Teresina. (Foto: Kelvyn Coutinho/ClubeNews)

Kelvyn Coutinho
kelvyn@tvclube.com.br

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), esteve em Teresina nesta sexta-feira (29) para encontro com lideranças tucanas e pedir apoio nas prévias do partido em novembro, quando a legenda decidirá quem será o candidato a presidente da República em 2022.

Leite disputa as prévias com Arthur Virgílio, ex-prefeito de Manaus (AM), e João Doria, governador de São Paulo, com quem trocou farpas nas últimas semanas.

Durante evento em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, Doria chegou a afirmar que Leite quer ganhar as prévias “no grito” e acusou o gaúcho de estar “chorando e reclamando” acerca de supostas filiações irregulares de 92 prefeitos e vice-prefeitos paulistas.

Quatro diretórios estaduais do PSDB – Minas Gerais, Ceará, Bahia e Rio Grande do Sul, todos alinhados com Leite – entraram com uma ação na executiva nacional do partido, afirmando que prefeitos e vices do estado de São Paulo teriam tido suas datas de filiação alteradas no sistema para antes da data limite (31 de maio), para terem o direito de votar nas prévias.

Em Teresina, Leite rebateu as acusações de Doria e afirmou que existem indícios fortes que comprovam as supostas irregularidades e lamentou a subida de tom do governador paulista.

“Os indícios são muito fortes de que há fraude nessa data em que houve essas filiações, tanto é que o presidente suspendeu liminarmente a possibilidade de votação deles nessas prévias. […] Eu lamento que se suba o tom, estamos jogando dentro das regras do campo democrático. Há uma representação, a representação é apreciada, é feito o julgamento dessa apreciação. Não é para ficar em bate-boca político”, comentou Eduardo.

O gaúcho afirmou ainda que não existe tentativa de “ganhar no grito” e nem “chorando e reclamando”, mas sim que deve-se respeitar o processo de escolha democrático de quem terá a missão de representar o partido na corrida presidencial do próximo ano.

“É um episódio lamentável, mas a decisão tomada demonstra que as provas são muito fortes e espero que sejam tomadas as devidas providências. Não tem choro, não tem tentativa de manchar nada. Pelo contrário, democracia é o império das regras do jogo para que possamos conviver entre as diferenças. Não chamo isso de choro, chamo de ética”, declarou o tucano.

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