
Jonas Carvalho
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O ex-secretário de Planejamento de Teresina, Washington Bonfim, afirmou que irá se reunir com a deputada estadual Teresa Britto para discutir os trâmites legais acerca da federação partidária entre o Cidadania e o Partido Verde.
Embora ainda esteja filiado ao PSDB, Washington Bonfim tem acordo firmado para migrar ao grupo do Cidadania. A intenção do doutor em Ciência Política é dar viabilidade à sua candidatura ao Governo do Estado.
Em entrevista exclusiva ao portal ClubeNews, Washington Bonfim disse que ainda não se reuniu com a vice-presidente nacional da legenda ambiental, mas que espera selar o acordo em breve. De acordo com ele, o foco primordial da sigla é montar chapas proporcionais competitivas para o ano que vem.
“Do ponto de vista mais geral da legislação, o Cidadania é um dos partidos que discutem constituir uma federação e, provavelmente, com o Partido Verde. Se isso vier a se verificar a partir de Brasília, a gente vai discutir conjuntamente esse encaminhamento. Estamos fazendo várias conversas e de olho na questão nacional”, esclareceu.
Novos acordos
Teresa Britto aderiu, recentemente, ao grupo de oposição ao governador Wellington Dias (PT-PI) liderado pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. O bloco tem apoio firmado ao ex-prefeito Sílvio Mendes (PSDB) e à deputada federal Iracema Portella (Progressistas) para a sucessão governista.
No entanto, Washington Bonfim se mostrou esperançoso quanto à união entre as duas legendas. Para ele, o momento é próprio para conversações e disse não ter ansiedade para antecipar os entendimentos.
“A gente está para ter uma reunião ainda. Na minha avaliação, esse é um momento de conversas, avaliação de chapas. A gente tem tempo para ir conversando, dialogando, formando da melhor maneira possível uma equipe que possa oferecer a melhor alternativa para o estado do Piauí. Eu não tenho ansiedade quanto a isso”, finalizou.
Federação para 2022
A proposta que torna lei a união temporária de partidos para 2022 foi aprovada no dia 27 de setembro. A partir de então, legendas consideradas pequenas deram início aos entendimentos para se manterem vivas após o resultado das próximas eleições.
O Projeto de Lei n° 2522/15 foi aprovado no Congresso Nacional, permitindo que os partidos se unam para atuar como uma só legenda pelo prazo mínimo de quatro anos. Os parlamentares derrubaram o veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).