Advogado aponta ilegalidades na prisão de jornalista Diego Iglesias

Diego está na Penitenciária Irmão Guido há quase cinco meses e se condenado cumpriria regime inicial semiaberto. Advogado afirma que seu cliente jamais foi ouvido, seja pela autoridade policial, Ministério Público ou Juiz

Penitenciaria Irmão Guido – (Foto Sejus)prisão

 

O advogado de defesa do jornalista Diego Iglesias, Marco Antônio Cabral, divulgou nota à impressa afirmando que a prisão do jornalista é ilegal. Diego foi preso durante a operação “Amigos do Rei”, suspeito de participar de fraude em concurso público da Prefeitura Municipal de Baixio, na Área Integrada de Segurança 21 (AIS 21) do Estado do Ceará.

Segundo o advogado Marco Antônio Cabral, as ilegalidades se iniciaram com a apreensão do aparelho celular de uso pessoal do jornalista, sem autorização judicial, mesmo após as conversas serem acessadas pelo delegado, onde nada encontrou que incriminasse.
“Existe a falsa acusação de destruição de provas, já que Diego apenas recebia ordens e sua função limitava-se a revisão e formatação dessas provas e dar respostas a e-mails, portanto, sem poderes dentro da empresa”, explicou o advogado de defesa.

Marco Antônio disse ainda que mesmo sem encontrar conversas que o incriminassem, o Delegado pediu seu indiciamento, sob a acusação de participação na suposta fraude apontou ainda que em um processo com mais de oito mil páginas, Diego é citado em apenas duas folhas, contendo três prints de conversas com os sócios da empresa.

“Nenhum contato com os políticos locais foi encontrado, nem nos diálogos, tampouco na agenda do telefone, como admite o próprio delegado no relatório que indiciou o jornalista. Além disso, os diálogos tratam-se de recortes de conversas fora do contexto e, mesmo que fosse, não se justifica medida tão extrema”, frisou

Ainda de acordo com Marco Antônio as ilegalidades continuam pelo excesso de prazo da prisão. Diego está na Penitenciária Irmão Guido há quase cinco meses e, se condenado, cumpriria regime inicial semiaberto.

“Nesse tempo, o meu cliente jamais foi ouvido, seja pela autoridade policial, Ministério Público ou Juiz”, declarou.

Em outro ponto, o advogado destaca que a magistrada responsável pela comarca de Ipaumirim (CE) responde por outras duas, realizando trabalho remoto. A comarca de Ipaumirim está sem juiz titular há mais de cinco anos, dificultando o devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa.

“A magistrada responde por outras comarcas, não tendo culpa pelo acúmulo de trabalho, no entanto, isso dificulta o andamento do processo, já que o jornalista ainda se encontra preso”, completou.

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