Lucy Brandão
lucy@tvclube.com.br
O Piauí registrou a menor taxa de desocupação entre os estados do Nordeste no terceiro trimestre de 2021. Os dados divulgados nesta terça-feira (30) fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O estado teve 11,9% de pessoas desocupadas no período, uma queda de 3,4 pontos percentuais na comparação com o trimestre anterior (15,3%). Ao todo haviam 173 mil pessoas desocupadas no estado, cerca de 48 mil a menos que no segundo trimestre.
O Brasil também apresentou uma redução na taxa de desocupação no período, reduzindo de 14,2% no segundo trimestre de 2021, para 12,6% no terceiro trimestre – redução de 1,6 ponto percentual. No terceiro trimestre haviam 13,4 milhões de pessoas desocupadas no país, cerca de 1,3 milhão a menos que no trimestre anterior.
A taxa de desocupação do Piauí (11,9%) ficou abaixo da média apresentada para o país (14,2%). Em relação aos demais estados nordestinos, o Piauí apresentou a menor taxa de desocupação. No comparativo com o restante do país, o Piauí ficou em 16º lugar entre as unidades da federação com maior taxa de desocupação.
Informalidade
De acordo com o IBGE, “a recuperação do mercado de trabalho no Piauí no terceiro trimestre de 2021 veio estreitamente ligada a um aumento da atividade informal”.
Segundo os dados da PNAD, cresceu 13,1% o número de pessoas trabalhando sem carteira assinada – de 188 mil pessoas ocupadas no segundo trimestre de 2021, para cerca de 213 mil pessoas no terceiro.
Ainda com relação à atividade informal no estado, chama atenção o aumento de pessoas que trabalham por conta própria sem registro de sua atividade no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) da Secretaria da Receita Federal. A pesquisa mostrou que esse grupo de pessoas saltou de 356 mil no segundo trimestre de 2021 para cerca de 383 mil pessoas no terceiro – um aumento de 27 mil pessoas a mais nesse segmento de atividade.
Na comparação com o mesmo período do ano de 2020, quando o efeito das restrições sanitárias por conta da pandemia era maior, os dados são ainda mais impactantes. O número de pessoas atuando em atividades informais subiu de 306 mil para 383 mil – um aumento de 77 mil pessoas na informalidade, o que equivale a um aumento de 25,3%.
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