Prefeitura de Teresina poderá utilizar imóveis em residenciais para abrigar vítimas de enchentes

A medida foi anunciada pelo prefeito Dr. Pessoa (MDB), que afirmou ainda que será dado um prazo de 15 dias para os selecionados assumirem os imóveis.

O prefeito Dr. Pessoa (MDB) anunciou que a Prefeitura de Teresina poderá utilizar imóveis dos conjuntos residenciais para abrigar as famílias que perderam suas casas nas enchentes. (Foto: Jonas Carvalho/Portal ClubeNews)

Kelvyn Coutinho*
kelvyn@tvclube.com.br

A Prefeitura de Teresina anunciou que poderá utilizar os imóveis desocupados em conjuntos residenciais da capital para abrigar as famílias que tiveram suas casas alagadas pelas chuvas.

Conforme o prefeito Dr. Pessoa (MDB), será dado um prazo de 15 dias para os selecionados pelos programais sociais ocuparem os imóveis.

“Aqueles que foram selecionados, será dado 15 dias para ocupar seus lugares, caso contrário será levado as pessoas que tiveram casas inundadas”, disse o prefeito, que informou ainda que solicitou ao governo federal uma ajuda financeira emergencial no valor de R$ 5 milhões.

Enchentes

As chuvas que acometeram a capital piauiense desde o dia 31 de dezembro causaram o aumento do nível de rios e lagoas, causando diversos transtornos à população que vive próximo a esses locais.

De acordo com a Secretaria Municipal de Defesa Civil, 230 famílias estão desabrigadas, sendo que a maior parte são da Zona Norte.

As Superintendências de Ações Administrativas Descentralizadas (SAADs) Norte, Sul, Leste e Sudeste divulgaram um resumo da atuação da Operação Enchentes em cada zona.

*Zona Norte
– Atualmente, a Zona Norte conta com 147 famílias afetadas pelas enchentes e já atendidas;
– As escolas Dilson Fernandes (Vila Apolônia), Iolanda Ribeiro (Poti Velho) e Domingos Afonso (Mafrense) estão recebendo famílias desabrigadas, sendo que cinco famílias estão na escola Dilson Fernandes, seis estão na Iolanda Ribeiro e na Domingos Afonso são 18 famílias abrigadas;
– 58 famílias foram contempladas com o Cidade Solidária, 27 nas escolas e outras 62 procurando um abrigo temporário;
– Oito bombas na Estação Elevatória Boa Esperança estão funcionando plenamente e com capacidade máxima.

*Zona Sul
– Até o momento não há registros de famílias desabrigadas;
– Três famílias foram removidas do Residencial Terra Prometida de forma preventiva e incluídas no Programa Cidade Solidária;
– Monitoramento de pontos onde há registros de alagamento, porém, atualmente todos estão sob controle;
– Acompanhamento diário das famílias do Terra Prometida (em virtude da possibilidade do aumento dos rios); há mais 8 famílias na iminência de serem removidas;
– Constante limpeza das vias e podas de árvores;
– Constante limpeza de canais nos bairros Porto Alegre, Vamos Ver o Sol, Areias, Torquato Neto, Mário Covas.

*Zona Leste
– Sete famílias de bairros da Zona Leste foram afetadas pelas enchentes e já foram atendidas pela equipe da assistência social;
– Quatro famílias foram encaminhadas ao Cidade Solidária, três se recusam a deixar a área de risco e serem inseridas no Cidade Solidária ou ir para um abrigo temporário;
– Foi registrada uma vítima fatal e quatro resgatadas pelo Corpo de Bombeiros;
– Constante limpeza de lixo, vegetação e material assoreado nos bairros: Jóquei, Fátima, Horto, São Cristóvão, Ininga, Santa Isabel, Morada do Sol, Noivos, Morros, Campestre, Pedra Mole, Cidade Jardim, Novo Uruguai, Piçarreira, Planalto, Porto do Centro, Samapi, Santa Lia, Satélite, Socopo, Tabajaras, Uruguai, Vale do Gavião, Vale Quem Tem, Verde Lar, Árvores Verdes, São João, Zoobotânico e Recanto das Palmeiras.

*Zona Sudeste
– Com o entupimento da galeria da Vila Mariana Fortes, a região foi afetada temporariamente, mas a galeria já foi desentupida e o problema resolvido;
– Apenas duas famílias foram contempladas pelo programa Cidade Solidária;
– Estamos fazendo o monitoramento das áreas de risco e articulação com os Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) da região;
– Equipes estão intensificando a limpeza em todos os bairros da zona sudeste, principalmente nas galerias;
– Equipes estão acompanhando e não há previsão de aumento do nível do rio Poti para as próximas horas.

*Sob supervisão da jornalista Malu Barreto.

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