
A busca por carros seminovos fez o preço desses veículos dispararem nas concessionárias. Os valores têm assustado os compradores que buscam por preços mais acessíveis. O auxiliar de programação, Aldemir Sousa, conta que está há seis meses vem pesquisando sobre carros seminovos devido aos altos preços e taxas nos pagamentos. Para ele, a pesquisa se tornou necessária para garantir uma boa compra.
Felipe Braga, coordenador administrativo, fala que recentemente adquiriu um carro seminovo e comenta sobre a experiência da compra.
“Inicialmente, claro, o objetivo era adquirir um carro novo, o sonho de todo brasileiro. Entretanto, logo após as primeiras pesquisas, você percebe que os preços que estão no mercado estão muito fora da realidade do nosso bolso. A partir daí, foram longos dois meses de buscas e pesquisas minuciosas e detalhistas para comprar um carro de qualidade.”
Felicidade de um lado
Se por um lado quem busca por um veículo vive o desafio da compra, os revendedores de Teresina estão contentes com as vendas dos seminovos, que alavancaram ainda em 2021.
Robson Coelho, proprietário de revenda de carros, afirma que hoje o consumidor percebeu que ao invés de pagar mais caro em um carro novo, ele consegue comprar um seminovo com mais conforto, acessórios e tecnologia pagando o equivalente ou mais baixo. Coelho afirma que, atualmente, os carros seminovos possuem até mesmo garantia de fábrica ou estendida.
Robson também comenta que o aumento dos preços depende do modelo do veículo.
O que provocou
A produção de carros novos sofreu uma baixa no Brasil como consequência da escassez mundial de microprocessadores. Segundo Idilio Santos, presidente da Associação Nacional de Auto Shoppings (Anautos), a baixa na produção é um dos fatores contribuintes para o aquecimento do mercado de carros usados. Ele comenta que a venda de seminovos cresceu 17,8% em 2021, comparando com os dados de 2020.
“Foi um ano muito bom para o setor de seminovos e usados. A falta de carro zero também alavancou a venda dos seminovos. Outro fator foi a vontade de ter um carro seguro e deixar de usar o transporte público. Ainda há a ‘troca com troco’, cidadão tinha um carro com 2/3 anos de uso e trocou por um de 6/7 anos de uso e teve um retorno para quitar suas dívidas”, explica Ilidio Santos.
Compra com cautela
A previsão da Anautos é de que no segundo semestre de 2022 a produção de carros novos normalize. Para a economista, Priscila Cordeiro, neste momento (ainda em pandemia) vale analisar com calma a necessidade da troca ou compra de um veículo para não gerar despesas que possam fugir do orçamento.