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Malu Barreto
malubarreto@tvclube.com.br
Em meio à campanha de vacinação contra a Covid-19, 57.147 crianças e adolescentes em todo o país foram imunizados com doses para adultos – não autorizadas para aplicação em menores de 18 anos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Só no Piauí foram 1.408 crianças e adolescentes que receberam a dose errada.
Segundo os dados informados pela Rede Nacional de Dados da Saúde (RNDS) até dezembro de 2021, quando o Brasil não havia ainda recebido a vacina pediátrica contra a Covid, o Piauí vacinou 257 crianças na faixa etária de 0 a 11 anos e 1.151 adolescentes de 12 a 17 anos receberam doses dos imunizantes AstraZeneca, CoronaVac e Janssen, não indicados para esse público.
O levantamento aponta ainda um dado mais grave, 30 crianças de 0 a 4 anos, que nem deveriam ser vacinadas mesmo com doses pediátricas, foram imunizadas no Piauí, no ano passado.
De acordo com Fabiano Barbosa, responsável TI do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), a Sesapi tomou conhecimento na tarde desta quarta (19) sobre essa informação e ainda não teve tempo de analisar esses casos, mas que é muito provável que seja erro de digitação na hora de selecionar o imuno correto no sistema (vacina adulta e vacina pediátrica).
“No nosso grupo com os municípios muitos deles relataram que há no cadastro erro de data de nascimento, por exemplo, pessoa adulta que no sistema está com idade infantil, pois as informações da população migram do sistema do Cartão SUS para o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI). Mas, logo ao tomarmos conhecimento a equipe da imunização já iniciou uma avaliação no nosso banco de dados para solicitar aos nossos municípios as devidas correções se necessário”, informou.
STF pede explicações para estados e Distrito Federal
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou nesta quarta-feira (19), manifestação, em 48 horas, dos estados e do Distrito Federal sobre possíveis irregularidades na vacinação de crianças e adolescentes menores de 18 anos contra a covid-19.
A decisão se deu pela manifestação enviada pelo advogado-Geral da União, Bruno Bianco. Segundo a Advocacia Geral da União, o Ministério da Saúde teve acesso, por meio da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), a informações “extremamente preocupantes” sobre o registro de aplicação de milhares de imunizantes em crianças e adolescentes fora dos padrões estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a covid-19 (PNO).
Lewandowski oficiou os chefes dos Ministérios Públicos dos estados e do DF para que fiscalizem se estão sendo cumpridos os dispositivos da Constituição Federal e do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) na vacinação de menores de 18 anos contra a covid-19. A decisão se deu em pedido da Rede Sustentabilidade relativo aos casos de pais que optam por não vacinar seus filhos.
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