
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) confirmou que exames laboratoriais apontam para a possível predominância da variante Ômicron nos novos casos de Covid-19 no Piauí.
A informação foi confirmada na tarde desta quinta-feira (3), após exames do Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Costa Alvarenga (Lacen).
“As variantes Ômicron e Delta estão circulando no Piauí, com a possível predominância da Ômicron. Os exames de sequenciamento genômico para detectar as variantes do Sars-Cov 2 foram feitos no próprio Lacen e validado pelo Ministério da Saúde, através da CGLab”, informou a Sesapi.
- De acordo com a Sesapi, “os técnicos do Laboratório Central analisaram oito amostras de pacientes das cidades de Teresina e Pedro II”.
- “Foram identificadas duas linhagens diferentes do Sars-Cov 2 no estado: a variante Delta B.1.617.2/AY e a variante Ômicron B.1.1.529/BA”.
- “Das oito amostras, cinco são de Teresina com a Ômicron e três Delta, sendo duas de Teresina e uma de Pedro II”.
O Superintendente de Atenção à Saúde e Municípios, Herlon Guimarães, explica que foram feitos apenas oito sequenciamentos porque fazia parte do treinamento da equipe para a utilização do equipamento novo do Lacen.
“A partir de agora, já podemos fazer numa quantidade maior. Mas já é sugestivo falar que a variante Ômicron é predominante no Estado”, diz Guimarães.
Vacinação
O secretário de Saúde, Florentino Neto, reforça o pedido para que as pessoas completem o esquema vacinal contra a Covid, incluindo dose de reforço. “Se as pessoas não buscarem as vacinas que estão disponíveis nas unidades de saúde, novas variantes vão surgir e casos mais graves vão acontecer”.
“A variante Ômicron está conseguindo contaminar de forma recorrente até mesmo as pessoas que já estão vacinadas. Mas, mesmo que a vacina não nos deixe livres da infecção, a doença em não vacinados tem um impacto muito mais grave”.
Sobre a Ômicron
O presidente da Sociedade Brasileira de Imunologia do Distrito Federal, José David Urbaez, afirma que a variante Ômicron provoca sintomas menos severos do que as demais variantes do coronavírus.
Um dos motivos seria por causa do grande número de pessoas já vacinadas ou que já foram infectadas com variantes anteriores. O outro motivo é pela característica de multiplicação do vírus.
David Urbaez reforça a necessidade de se avançar com as aplicações das duas doses e fala da eficácia da dose de reforço no combate à Ômicron.
Por fim, o infectologista David Urbaez fez um alerta sobre os quadros leves de Ômicron, sobretudo em pessoas vacinadas. Para ele, essa situação pode levar a uma falsa ideia de que estamos em uma fase mais tranquila, o que não é verdade.
A alta transmissibilidade pode levar ao surgimento de novas variantes de preocupação. Por isso, ele recomenda o uso de máscara, higienização das mãos, evitar aglomerações e não deixar de se vacinar com as três doses.
Fonte: Agência Brasil
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