Malu Barreto
malubarreto@tvclube.com.br
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Teresina com apenas um farol funcionando e segundo o relato o veículo está sem ar condicionado, com um lado baixo e em péssimas condições.
As imagens foram gravadas na noite de sábado (19) durante um atendimento no bairro Vale do Gavião.
O Portal ClubeNews entrou em contato com condutor socorrista do serviço de emergência, Wildomark Vasconcelos, que confirmou a situação precária dos veículos do SAMU.
“É uma realidade que o Samu Teresina está passando. As ambulâncias estão sucateadas e os condutores estão desvalorizados, com um vencimento no valor de R$ 820,61, é muito pouco para o que a gente representa para a sociedade”, falou.
Wildomark revelou que em todos os plantões há ambulâncias paradas no pátio por problemas mecânicos. “Quando saímos para uma ocorrência que demora muito, somos cobrados pela sociedade, mas nós estamos trabalhando em situações precárias de atendimento”.
Segundo o condutor o SAMU Teresina, conta com oito unidades básicas e três unidades de suporte avançado avançadas além de quatro motolâncias. “Isso quando todas elas estão em funcionamento, mas os veículos estão ficando parados por problemas mecânicos. Estamos sucateados”.
Regulamentação salarial
O condutor Wildomark disse que os condutores do SAMU são profissionais qualificados, com treinamento, e que há desvalorização do profissional e há um projeto para regulamentação do salário parado na Prefeitura de Teresina desde 2 de junho de 2021.
O indicativo de Lei nº16/2021 de autoria do vereador Leonardo Eulálio justifica que o condutor do SAMU para exercer a profissão precisa de curso de socorrista além de curso específico para condução de veículo de emergência e que são capacitados para atender qualquer ocorrência.
Além da criação do cargo de condutor socorrista no âmbito municipal, a categoria pede salários mais justos, com piso no valor de R$ 1.700,00. Atualmente a capital conta com 76 condutores regulamentados segundo a portaria do Ministério da Saúde.
De acordo com os profissionais, o atendimento médio é de cinco a sete por plantão – que dura 12 horas – realizado por cada ambulância do Samu.
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