A redução de 25% sobre o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) publicado em decreto do governo federal na última sexta-feira (25) deve contribuir para derrubar os preços nas concessionárias e movimentar o mercado de automóveis.

Em um post nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro cita: geladeiras, fogões, máquinas de lavar e grifa automóveis. Mas o corte atinge todos os produtos industrializados, desde alimentos a produtos de limpeza, numa gama mais ampla do que a citada por Bolsonaro. A redução do IPI só não vale para produtos que contenham tabaco. As bebidas alcoólicas, que estiveram na mira para ficar de fora da redução por causa dos prejuízos que causam à saúde, acabaram beneficiadas com a alíquota menor.

A Receita Federal estima que o impacto desta medida será de R$ 19,6 bilhões, este ano. A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) disse que ainda não tem estimativa sobre o impacto da redução de preços dos automóveis.

De acordo com uma nota divulgada pelo Ministério da Economia, a diminuição proporcional das alíquotas do IPI possibilita o “aumento da produtividade, menor assimetria tributária intersetorial e mais eficiência na utilização dos recursos produtivos”.

O corte no IPI ocorre após o aumento na arrecadação dos tributos federais, ao longo do ano passado. Ainda segundo o Ministério da Economia, a medida não afetará a solvência da dívida pública e o compromisso do governo federal com a consolidação fiscal.

Valores
Montadoras e concessionárias ainda estão calculando o impacto no preço final. As contas estão sendo feitas com uma redução de 18,5% nas alíquotas. Assim, por exemplo, um automóvel 1.000 cilindradas a gasolina ou etanol, taxado com o IPI a 7%, passaria a recolher 5,7%, informou fonte do mercado.

No caso de um motor 1.0, por exemplo, o Renault Kwid Intense 2023 passaria de R$ 64.190 para R$ 63.355, corte de R$ 835. Já o VW T-Cross Comfortline, que tem motor 1.0 TSI, cairia de R$ 147.350 para R$ 145.434, ou seja, corte de R$ 1.915.