Carnaval violento: Teresina registra 9 mortes e PM aponta aumento de 135% no número de prisões no Pi

Especialista em segurança aponta o aumento do porte de arma de fogo como um dos fatores no crescimento da violência

Homem é encontrado morto próximo ao Terminal de Integração (Foto: arquivo)

Malu Barreto
malubarreto@tvclube.com.br

Em três dias de carnaval (25 a 28.02) a Polícia Militar do Piauí registrou um aumento de 135% no número de prisões ou pessoas conduzidas em relação ao mesmo período do ano passado.

O número de homicídios registrado em Teresina, chama atenção. No período do carnaval,  até esta terça-feira (01), a capital piauiense já registrou nove mortes.

De acordo com o relatório parcial divulgado pela PM, 77 pessoas foram presas ou conduzidas e 1.538 atendimentos foram realizados.

Os números de veículos recuperados também representam um aumento significativo em relação ao carnaval passado, foram 43, um crescimento de 115%.

Até esta segunda-feira (28), a Operação Carnaval também aprendeu 2,02 quilos de drogas e 17 armas e teve 78 termos circunstanciado de ocorrências (62,50% a mais que o mesmo período do ano passado).

O portal ClubeNews conversou com o especialista em segurança pública, Arnaldo Eugênio que fez uma avaliação sobre o atual cenário de violência no estado. Ele explicou que o período de Carnaval no Brasil é considerado como quebra da ordem, ou seja, as pessoas podem inverter os papéis sociais e por isso acaba tendo uma liberação generalizada de comportamentos.

“Quando você inclui o uso de drogas ilícitas e as drogas lícitas como o álcool pode gerar conflitos que levem agressões, a violência e a morte”

O especialista também considera que o aumento da posse de armas de fogo está atrelado ao aumento do violência e mortes. “No Brasil há uma cultura de quem possui arma de fogo tem poder, pode ser Deus, decide que morre e quem vive, e quando há mistura de álcool com armas de fogo há um potencialização da violência”.

Arnaldo diz ainda que nesse momento é possível notar que que a polícia conseguiu aumentar o número de prisões, mas não reduziu a violência e a criminalidade e afirma que falta políticas públicas para evitar que jovens entrem na criminalidade.

“Se tiver mais estrutura para a polícia fazer o seu trabalho é possível reduzir o número de pessoas que estão propicias a cometerem crimes, mas se eu tiver políticas públicas atreladas a isso, políticas públicas de curto, médio e longo prazo eu evito que outras pessoas entrem na criminalidade”, finalizou.

O balanço final da Operação Carnaval será divulgado pela Polícia Militar na quinta-feira, 03 de março.

 

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