5 de julho de 2025

Dólar oscila e fecha semana em queda a R$ 5,07

Lucy Brandão

Jornalista
Publicado em 05/03/2022 13:32

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Foto: Marcello Casal/ Agência Brasil

O dólar passou por oscilações na semana com as tensões envolvendo a guerra entre Rússia e Ucrânia. Nesta sexta-feira (4), a moeda americana subiu após duas quedas seguidas e terminou o dia vendido a R$ 5,078, com alta de R$ 0,05 (+1%). Na máxima do dia, por volta das 13h30, a cotação chegou a R$ 5,10, mas desacelerou ao longo da tarde, com a entrada de fluxos impulsionados pela alta no preço das commodities (bens primários com cotação internacional).

Na semana mais curta por conta do Carnaval, o dólar acumulou queda de 1,51%. Em 2022, a divisa acumula recuo de 8,93%. Neste ano, o real está tendo o melhor desempenho entre as principais moedas perante o dólar.

O euro recuou sensivelmente, 0,09% e fechou o dia a R$ 5,5528 – menor cotação desde março de 2020, no início da pandemia de Covid-19. O rublo (moeda da Rússia) se desvalorizou 20% na segunda semana do conflito no leste europeu.

Tensão no exterior e no Brasil

No mercado de ações, o dia também foi tenso. O índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 114.474 pontos, com queda de 0,6%. A queda foi puxada por ações de bancos, com papéis de petroleiras, mineradoras e outras exportadoras de commodities subindo e impedindo um recuo ainda maior do índice.

A ofensiva russa contra uma usina nuclear no norte da Ucrânia assustou o mercado financeiro. O dólar teve um dia de alta em todo o planeta, com os investidores em busca de segurança.

Apesar da alta global do dólar, o Brasil tem se beneficiado da valorização das commodities, com a demanda por matérias-primas em alta. Além disso, investidores estão tirando dinheiro da Rússia para aplicar em outros países emergentes, o que também traz fluxos externos para o mercado financeiro brasileiro.

Outra influência externa na semana foi a divulgação da taxa de desemprego norte-americana, que caiu mais do que o esperado, chegando a 3,8%.

Aqui no Brasil, a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre e de 2021 também afetou o mercado. O PIB ficou acima da mediana de expectativas dos analistas e cresceu 0,5% no último trimestre do ano, acumulando uma alta de 4,6% quando comparado com o desempenho de 2020.

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