
“Minha filha e minha esposa não se sentiram mais seguras ao chegar em casa”, diz Francisco Oliveira Neto, que é contador e foi assaltado na porta de casa, na zona Sul de Teresina. Ele e a família mudaram de endereço após o assalto ocorrido em abril de 2021. Na ação, os bandidos levaram o carro da família, que foi localizado dias após o crime. A família decidiu colocar a casa para aluguel e passaram a morar em um condomínio fechado.
A insegurança vivida pela família de Francisco Neto é compartilhada por diversas pessoas que já viveram o desespero de ficar na mira da arma de bandidos e passaram a desenvolver transtorno de estresse pós-traumático.
“Todo dia é uma residência (alvo de bandidos), hoje foi a minha, amanhã pode ser a sua”. Esse é o relato de outra vítima, que prefere não se identificar, por medo.
Em outro depoimento, uma vítima conta que desenvolveu síndrome do pânico e ansiedade aguda.
“Daí eu comecei a ficar desconfiada com todo mundo. Eu não conseguia mais sair sozinha. Eu não frequento mais determinados lugares. Comecei a desenvolver síndrome do pânico e ansiedade aguda; comecei a fazer um tratamento por causa disso”.
Orientação
Sobre esses relatos de estresse pós-traumático, o médico psiquiatra, Vicente Gomes, relata que muitas vítimas passam a desenvolver ataques de pânico, ansiedade e o medo de sair de casa. Segundo o especialista, as vítimas precisam ficar atentas a esses sintomas e buscar ajuda profissional o quanto antes.
Psiquiatra Vicente Gomes (Foto: arquivo)