Malu Barreto
malubarreto@tvclube.com.br

O Comitê Científico do Nordeste fez um alerta de que a pandemia não terminou e recomendou cautela na flexibilização de medidas restritivas contra a Covid-19 e campanhas para vacinação.

No documento divulgado no final da tarde desta terça-feira (15), o comitê lembrou da nova onda da pandemia que aconteceu em janeiro deste ano, após o aparecimento da variante Ômicron, que possui transmissibilidade quatro vezes maior que a da variante Delta.

“A rápida queda dos números de novos casos e de óbitos tem levado a população a relaxar muito no isolamento social e pressionado os governos a encerrar as medidas restritivas. Entretanto, como tem sido alertado por especialistas e por instituições, tais como a FIOCRUZ, evidências científicas mostram que ainda é prematuro considerar que a pandemia acabou”

O comitê ressaltou que já está comprovado a circulação  da subvariante BA.2 da Ômicron na Europa, com características patogênicas da Delta e a alta transmissibilidade da Ômicron, a BA.2, também conhecida como Deltacron, está provocando um ressurgimento da onda.

Para o comitê, o relaxamento exagerado das medidas de contenção da Covid-19 no momento é prematuro, pois poderá resultar em nova onda da epidemia e fez as seguintes recomendações aos governantes:

• Manter as medidas legais que obrigam o uso de Máscaras, em especial em ambientes fechados ou com aglomerações. Nestes locais deve-se estimular o uso de máscaras N95 ou PFF2 (KN95) que devem ser supridas pelas empresas ou pelo setor público, para os grupos que não possam adquiri-las. Eventuais flexibilizações nas medidas restritivas devem ser localizadas, feitas com cautela, e baseadas em evidências claras de que a disseminação local do vírus está controlada;
•  Manter as exigências de apresentação de passaporte vacinal em restaurantes, cinemas, teatros e todos eventos que tenham aglomerações e não relaxar as restrições com relação ao número de pessoas em eventos públicos como: festas particulares, bares, restaurante, teatros, cinemas, campos de futebol até que se tenha evidências concretas de um maior controle da pandemia;

Ao falar  sobre o Piauí, a nota do Comitê apontou que o número de novos casos/dia e óbitos apresentam tendência em queda desde o último pico de casos registrados em 4 de fevereiro de 2022.

Mas que “mesmo considerando o declínio da pandemia no Estado, recomenda-se a manutenção das medidas de segurança sanitária, principalmente a manutenção do uso de máscaras no contexto da volta às aulas presenciais que foi liberado”.

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