19 de junho de 2025

Motoristas e cobradores decidem por fim da greve dos ônibus em Teresina

A decisão foi tomada durante uma assembleia que contou com a participação de motoristas e cobradores do sistema de transporte público da capital.

Pedro Pires

Repórter
Publicado em 14/05/2025 17:44

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Ônibus (Foto: Gil Oliveira)

Pedro Pires e Lays Viana
pedropires@tvclube.com.br

Motoristas e cobradores do transporte público de Teresina decidiram encerrar a greve da categoria. A decisão foi tomada na tarde desta quarta-feira (14), após uma reunião no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), conduzida pela desembargadora Liana Ferraz.

O superintendente Carlos Daniel, da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans), agradeceu a todos os envolvidos por chegarem a um acordo e confirmou que o transporte público da capital voltará a operar normalmente. “A partir de amanhã, deve voltar a circular normalmente a frota prevista nas ordens de serviço. São 281 veículos”, afirmou.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro), Antônio Cardoso, afirmou que a categoria esperava mais, mas aceitou uma proposta reduzida. “Foi aprovado 6% de reajuste linear no salário, ticket alimentação no valor de R$ 650 e aumento no auxílio-saúde para R$ 125”, declarou.

A decisão foi tomada durante uma assembleia que contou com a participação de motoristas e cobradores do sistema de transporte público da capital. Os ônibus devem voltar a circular normalmente a partir desta quinta-feira (15).

Durante o movimento grevista, os trabalhadores reivindicavam um reajuste salarial de 13%, além de benefícios como ticket alimentação no valor de R$ 850 e auxílio-saúde de R$ 130. Atualmente, o salário médio de um motorista de ônibus é de R$ 2.200.

Greve iniciou na segunda-feira

O movimento grevista teve início na segunda-feira (12), após aprovação em assembleia-geral realizada na última terça-feira (6). Durante a paralisação, a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) cadastrou veículos para atender temporariamente à população de Teresina.

A Universidade Federal do Piauí (UFPI) e a Universidade Estadual do Piauí (Uespi) adotaram o regime de aulas remotas para as atividades acadêmicas em seus campi na capital.

Durante a greve, a desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho, Liana Ferraz de Carvalho, determinou que oficiais de justiça e policiais judiciais realizassem inspeções e monitoramento nos pontos de ônibus da cidade, a fim de verificar o cumprimento da decisão judicial que exigia a circulação de 80% da frota nos horários de pico e 40% nos demais horários.


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