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Saúde mental da mulher

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Vicente Gomes
Médico Psiquiatra

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As mulheres cada vez mais são referências dentro de seus núcleos familiares, representam parte fundamental da força de trabalho na educação e também na saúde, a mulher pode ser mãe, trabalhar fora de casa, cuidar da casa, entre outras atividades que tornam o seu dia a dia bastante corrido. As mulheres desempenham múltiplos papeis na sociedade e algumas vezes  são incompreendidas por se dividirem entre a vida familiar e a profissional, elas querem cuidar de tudo e de todos, mas às vezes esquecem o  cuidado principal: que é cuidar de si, da sua própria saúde.

Além de uma dedicação intensa à sua rotina, dos obstáculos que enfrentam no meio profissional e nos relacionamentos afetivos; de outros problemas que encaram, a mulher  ainda é frequentemente submetida a diversos fatores estressores, sejam físicos ou  psicológicos, como mudanças hormonais,  o medo da violência, e do abuso, o que prejudica a manutenção e estabilidade  de sua saúde mental.

Alguns fatores podem atuar como potencializadores para o adoecimento mental das mulheres dentre eles podemos mencionar: questões econômicas, como a dependência financeira do parceiro, da família ou do governo; questões estruturais da sociedade, como a atribuição das tarefas domésticas inteiramente à mulher, colaborando  para uma jornada repetitiva e estressante de trabalhar, cuidar da casa e da família; a falta de momentos de lazer; submissão ao parceiro; repressão sexual, assedio no trabalho e violência doméstica.

A mulher é cerca de 1,5 vezes mais vulnerável a transtornos psiquiátricos do que os homens, singularmente, devido a aspectos do ciclo reprodutivo feminino. A  depressão afeta duas vezes mais mulheres do que homens e em âmbito global,  é a principal causa de  incapacidade  no trabalho.

O suicídio cresceu cerca de 50% nos últimos 10 anos entre a população feminina. Os suicídios em mulheres apresentam valores inferiores aos suicídios em homens, porém,  as mulheres apresentam mais tentativas de suicídio do que estes e estão relacionados a violência de gênero, à depressão, privação social, perdas afetivas de cônjuges e filhos, abortamento, além das singularidades que permeiam as histórias de vidas, pois o suicídio é um fenômeno multifatorial, que varia de acordo com questões psicológicas, sociais, biológicas e culturais. Esse é um tema delicado, mas precisa ser abordado, com responsabilidade, respeito, sem sensacionalismo e principalmente destacando que tem prevenção.

E que fatores podem colaborar para a saúde mental da mulher?

O autocuidado, autoconhecimento e o amor-próprio são fundamentais. Cuidar da autoestima; a manutenção de uma mentalidade positiva; fazer atividade física regularmente; reservar um tempo da rotina para o lazer; desenvolver habilidades sociais de resolução de problemas, de gerenciamento de estresse e de desenvolvimento do autocontrole; afastar-se de relacionamentos tóxicos e abusivos; ter apoio da família; buscar a realização pessoal e profissional; meditar, ter resiliência emocional, de forma a ser capaz de reagir melhor à situações adversas, contando com a ajuda, se necessário de um  psicólogo e/ou psiquiatra, também são fatores de proteção para saúde mental da mulheres e que ajudam muito a melhorar  o seu psíquico.

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