Dengue: com mais casos e até mortes em Teresina, FMS alerta para cuidados básicos de prevenção

Nesta quarta-feira (30), uma criança de nove anos morreu de dengue em Teresina

Foto: FMS

Thálef Santos*
thaçefsantos@tvclube.com

A falta de cuidados básicos pode ter levado a cidade de Teresina a voltar a registrar casos graves da Dengue, uma doença que pode ser evitada se a população contribuir na limpeza dos ambientes e, com isso, evitar os criadores do mosquito transmissor Aedes aegypti. 

De acordo com a Fundação Municipal de Saúde (FMS) alerta que o período chuvoso requer ainda mais atenção dos moradores em relação ao Aedes aegypti por ser uma época propícia para a reprodução do mosquito. Somente neste ano, 228.982 imóveis foram visitados pelas equipes da gerência de Zoonoses, mas o poder público também precisa que os moradores façam a sua parte.

“Ainda vemos pessoas fazendo o descarte inadequado do lixo em terrenos baldios e praças. No momento do período chuvoso, esse material acaba se tornando um criadouro”, alerta o gerente. “A responsabilidade de mantermos esses ambientes, sejam públicos ou privados, livre de criadouros, é de todos nós enquanto cidadãos”, diz o gerente de Zoonoses da FMS, Paulo Marques.

Cuidados como limpar e manter caixas d’água fechadas são necessários, assim como trocar água dos vasos de plantas e limpar os ralos. Os funcionários da fiscalização afirmam que os locais onde mais se encontram as larvas do mosquitos são em um recipiente acima dos motores de geladeiras que acumulam água, em climatizadores e ainda, em bebedores de animais.

A FMS pede atenção para pontos como calhas e marquises, que estão sujeitos ao acúmulo de água das chuvas. “As pessoas tendem a só observar esses locais quando notam a presença do mosquito ou alguém adoece, então é importante que o morador em ambiente residencial ou os trabalhadores em ambientes de trabalho estejam atentos com o objetivo de manter esses locais livres de criadouros”, orienta Paulo Marques.

Agente de endemia encontra focos do mosquito. (Foto: FMS)

MORTES E CASOS

Nesta quinta-feira (30), a população recebeu a confirmação pela Fundação Municipal de Saúde (FMS) da segunda morte provocada pela doença: uma criança de nove anos de idade não resistiu às complicações e morreu. Ela estava internada em um hospital privado.

A primeira morte pela doença foi confirmada pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) no dia 10 de março de 2022. A morte também foi registrada em Teresina.

Até esta quarta (30), Teresina já confirma 387 casos da doença neste ano, do total de 851 casos notificados, até o dia 29 de março de 2022.

Os bairros com mais casos em Teresina neste ano são: Santa Maria da Codipi, Parque Brasil, Pedra Mole, Promorar e Mocambinho.

Em 2021, foram 168 notificações no mesmo período (até 29 de março de 2021) Mortes por dengue não são registradas há dois anos.

SINTOMAS DA DOENÇA

A diretora de Vigilância em Saúde da FMS, Amariles Borba, alerta para a transmissão da dengue, que pode acontecer por meio da picada da fêmea do mosquito Aedes Aegypti.

A doença provoca sintomas como dor nas articulações, no corpo, na cabeça, náuseas, febre acima de 39ºC e manchas vermelhas no corpo.

Amariles fala sobre os sintomas da dengue, chikungunya e zika.  “Dengue tem como característica, febre alta, dor orbitária retrocular (nos olhos), e dor muscular muito grande. Já a chikungunya tem a dor articular bem predominante. A zika também tem febre e dor muscular, mas a exantema (erupção avermelhada na pele) aparece nas primeiras 48h”.

CASOS GRAVES

Os casos mais recentes registrados dessas doenças têm apresentados sintomas mais avançados. A diretora de Vigilância em Saúde da FMS alerta para uma modificação dos vírus. Segundo Amariles, estes sintomas já existiam, mas não com a frequência relatada atualmente.

A diretora ressalta que muitas crianças se encontram em estado grave porque “o número de plaquetas têm reduzido rapidamente enquanto a recuperação é demorada. Em muitos casos, o fígado têm apresentado inflamações mais graves – observado pelo aumento da dor abdominal e das enzimas hepáticas (hepatite fulminante) – além da formação de líquido nos abdômen e nos pulmões”.

Diretora de Vigilância em Saúde da FMS, Amariles Borba. (Foto: arquivo)

 

A população pode denunciar pontos suspeitos de formação de criadouros ou solicitar uma vistoria dos agentes de endemias para investigar a presença do mosquito ou seus ovos. Basta entrar em contato com a gerência de Zoonoses pelos telefones 3215-9143 e 3215-9144.

Fonte: FMS

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*Sob supervisão da jornalista Carlienne Carpaso

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