
Jonas Carvalho
jonascarvalho@tvclube.com.br
Os vereadores de Teresina demonstraram pessimismo quanto ao retorno do transporte coletivo da cidade mesmo após o acordo entre a Prefeitura Municipal e o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut), que sinalizou para o fim da greve, na segunda-feira (11).
Segundo o vereador Edson Melo (PSDB) – membro do bloco de oposição ao Governo – o impasse só deverá ser resolvido com uma solução definitiva do equilíbrio financeiro para manter o sistema. Isso porque, conforme acertado entre as partes, a Prefeitura de Teresina vai disponibilizar R$ 2 milhões mensais para a manutenção do sistema.
“Tem que haver uma ampla discussão entre as empresas e o poder municipal para resolver o equilíbrio financeiro do sistema e definir novas ordens de serviço para que a população tenha confiança no sistema, porque se não o usuário não volta a usar. Tem que haver isso. Se não haver um acordo definitivo, nós vamos ter o problema resolvido paliativamente e temporário”, disse.
Já o vereador Dudu Borges (PT), que presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possíveis fraudes contratuais no transporte da cidade, voltou a defender a contratação de novas empresas para gerir o sistema. Ele criticou a posição do Setut.
“O Setut insiste, constantemente, em não cumprir a ordem de serviço. Tem uma ordem de serviço que é para que circule 250 ônibus e eles nunca colocam esses 250 ônibus. Eles agora fizeram uma negociação com os trabalhadores. Isso ameniza um pouco, mas não resolve a situação do transporte público. Só iremos resolver esse problema quando tivermos uma nova licitação”, defendeu o vereador.
O acordou definiu entre trabalhadores, empresário e a Prefeitura de Teresina definiu:
Salário – Motorista: R$ 2.000
Salário – Cobrador: R$ 1.231
Salário – Fiscal: R$ 1.325,99
Auxilio alimentação: R$ 170.00
Auxílio Plano de Saúde: R$ 60.00
O líder da base na Câmara, Renato Berger (PSD), destacou o poder de articulação do prefeito Dr. Pessoa junto às categorias e adotou tom de tranquilidade após a resolução do impasse, que já durava 23 dias.
“A população está prejudicada. O que ela quer é uma coisa simples, que é transporte público. A Prefeitura fez todos os esforços, acredito que as categorias fizeram também. Houve uma união de forças. A gente espera que as empresas coloquem os ônibus nas ruas para que as pessoas possam ter mais tranquilidade no seu direito de ir e vir”, destacou.
Assinatura da minuta
A assinatura da convenção coletiva dos trabalhadores do transporte coletivo ainda não foi assinada pelos empresários. Essa é a condição imposta pela categoria para que os motoristas e cobradores, que estão de greve há 23 dias, retornem ao trabalho. A previsão era da assinatura acontecer na manhã desta terça-feira (12), após acordo firmado ontem (11) entre trabalhadores, empresários e a Prefeitura de Teresina.
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