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Relação sem amor, sem atração e sem compromisso é amizade ruim!

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Karina Matos
Jornalista e professora

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Por muito tempo o estudo do amor foi tema apenas da filosofia, um campo de domínio dos gregos, entendia-se que estudar o amor era algo muito emocional e por isso, não importante de ser visto à luz da ciência.

Mas com o desenvolvimento de novas tecnologias para análise do cérebro, da neurociência e da busca de explicações dos diferentes comportamentos, a ciência passou a dar importância significativa e estudar com mais profundidade o amor.

Porque a maior parte de nossas vidas estamos em contato com outras pessoas e essas relações de afeto e de amor influenciam o nosso desenvolvimento físico e emocional e consequentemente nos nossos resultados e na nossa qualidade de vida.

Uma das primeiras teorias a trazer informações sobre as relações amorosas, aquelas que tem uma interdependência entre as pessoas foi a Teoria Triangular do Amor. Segundo essa teoria, para uma relação ser caracterizada como amor ela deve ter três componentes básicos:

1.Intimidade: satisfação, dar e receber apoio emocional. Saber que pode contar um com outro para compartilhar sentimentos em momentos bons e ruins.  

2.Paixão: atração física e desejo pelo outro. Para existir uma relação amorosa é preciso querer o outro fisicamente. Uma relação sem atração física é amizade.

3.Comprometimento: manter um relacionamento no futuro. As pessoas envolvidas têm planos para o futuro e renunciam a outras pessoas e projetos por essa relação.

 

Modelos de amor

 A primeira parte desses estudos do amor vêm buscando identificar o que é e classificar como o amor se apresenta. Então, classificaram o amor em três modelos:

1.Passional: marcado pela atração física, aquele amor intenso, de dependência, onde a pessoa busca exclusividade e quer toda a atenção da outra apenas para si. Aplicado no conhecido “amor à primeira vista”.

2.Pragmático: um amor companheiro que tem como principais características o respeito, a admiração, a confiança, a pessoa não tem como única fonte de prazer essa relação, ela tem outras diversas fontes de prazer como atividades, trabalho, hobbies, amigos. Muito comum nas relações entre amigos que se descobrem enamorados porque aqui são essas atitudes, esses valores que unem as pessoas.

  1. Altruísta: um modelo de amor onde a pessoa cuida do outro sem esperar algo, ela não cobra, não é ciumenta e aceita o outro como ele é.

 

Cores do amor

Mas um psicólogo canadense, John Lee, não se conformou apenas com esses modelos e defende que o amor tem muitas nuances, muitos tipos, não dá para dizer que o amor é sentido e vivenciado por todos da mesma maneira. Segundo ele o amor não tem uma definição preto-no-branco, pelo contrário, o amor seria como as cores do arco íris, tem muitas cores e graduações e nem por isso vai deixar de ser amor.

Lee classificou o amor nos seguintes tipos e deu à eles nomes em latim:

 

  1. Eros: marcado pela atração física, existe uma imagem física ideal de como deve ser a pessoa amada. Lembra daquelas pessoas que costumam ter relações com um tipo físico específico de mulher ou de homem? Ela termina a relação, mas a próxima é muito parecida fisicamente com a anterior?
  2. Storge: surge a partir de uma amizade, da convivência e observação do outro, da admiração pelos valores e atitudes que essa pessoa tem no dia a dia. O amor surge das características em comum, da defesa dos mesmos princípios.
  3. Ludus: esse é um colecionador de experiências, ele não tem tipo físico ideal, todos os tipos lhe atraem, ele busca o amor em si, as diversas manifestações do amor e corre de qualquer compromisso. Falou em ver com mais frequência e assumir compromisso ele foge.
  4. Mania: o amor obsessivo, ciumento, onde a pessoa busca ser o único objeto de prazer do outro. Esse tipo de amor demonstra a baixa autoestima de quem o tem; a insegurança com quem se é, com seu valor leva a um medo excessivo de perder o outro, por isso, a necessidade de controlar, de ter o olhar do outro apenas para si.
  5. Pragma: esse tipo observa as qualidades práticas do parceiro e segue normas sociais vigentes. Está muito ligado à cultura, se no momento existe um modelo ideal de homem ou de mulher é esse modelo que ele busca.
  6. Agape: o amor paciente, doador, nunca ciumento. O amor que aceita o outro exatamente como ele é e se enxerga que o outro não é mais feliz com ele, abre mão desse amor para ser feliz com outra pessoa.

 

E antes que perguntem; sim, existem pessoas que tem vários dessas características misturadas, o que o psicólogo denominou de subgrupos.

O que é fundamental entender como esses estudos iniciais é que o amor não se apresenta de uma forma única, amar não é igual para todos. Quantas dores físicas e emocionais seriam evitadas se as pessoas apenas aprendessem qual tipo de amor lhe satisfaz e liberassem umas as outras para viver isso de forma plena?

Exigir de uma pessoa que enxerga o amor completamente diferente de você um compromisso é buscar dores para ambos. Entenda que as pessoas são diferentes e amam de forma diferente, mas uma relação amorosa sem amor, sem atração e sem compromisso é apenas uma amizade ruim. E se essa relação só lhe provoca dor e sofrimento não é amor!

 

 

 

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