“Eu te amo muito. Sou feliz ao seu lado”. Essas foram as últimas palavras escritas pelo médico Glauto Tuquarre à esposa, Lícia Dutra, momentos antes de falecer em voo internacional, durante a viagem de lua de mel do casal, a caminho das Ilhas Maldivas. Desde o dia do falecimento, no dia 25 de abril, o corpo do médico continua no Catar, país onde o voo pousou com o casal. O traslado, sem previsão de acontecer, depende de um laudo médico, que ainda não foi feito.
Família e amigos aguardam o corpo para ser velado e enterrado no Piauí. Enquanto não é liberado, buscam informações com os consulados, embaixadas e o Governo do Piauí para agilizar a realização do laudo que vai possibilitar a liberação do corpo. O seguro contratado pelo casal já informou que está pronto para iniciar o translado.
A demora na realização do laudo, segundo apurou o portal ClubeNews, seria o Ramadã, que terminou no domingo (1º). O Ramadã é um período de reflexão e caridade para os mulçumanos. Nele, todos os dias, os fieis fazem cinco orações diárias e obrigatórias, além de outros sacrifícios. Com isso, as atividades comerciais e dos órgãos públicos no país ficam mais restritas. O Ramadã começou no dia 1º de abril e durou um mês. A justifica do governo no país é que, com a redução das horas de trabalho, ainda não houve tempo para produção do laudo.
O Governo do Piauí informou ao ClubeNews que entrou em contato com a embaixada em Brasília, nesta terça-feira (3), para mais informações sobre o traslado do corpo. O Governo destacou que já solicitou que um representante faça uma visita ainda hoje ao órgão compete no Catar. O ClubeNews também entrou em contato o Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty, para mais informações.
Na segunda-feira (2), uma missa de sétimo dia foi realizada na Igreja de São José Operário, no bairro Vila Operária, na Zona Norte de Teresina.
De acordo com a família, o médico sentiu dores no peito durante o voo internacional e em seguida pediu ajuda a comissários de bordo. Ainda em voo, ele foi atendido por médicos que viajavam no mesmo avião. Os médicos tentaram fazer a reanimação, mas ele não resistiu.
Homenagem
Em postagem nas redes sociais, a esposa falou publicamente, pela primeira vez, do amor e da saudade de Glauto. Lícia falou do carinho dele com os pacientes e de como ele gostava de fazer as pessoas felizes. Ela cita que Glauto tinha uma “pressa de viver, de aproveitar a família e os amigos ao máximo porque a vida passa rápido demais”.
Na postagem, Lícia diz que queria um pouquinho mais de tempo para responder a última mensagem do marido: “só pra dizer que eu fui muito feliz ao seu lado. Obrigado por tudo. Eu também te amo!”, finaliza a homenagem.
A publicitária também relembrou do apoio do marido quando ela perdeu o pai. “Me deu a mão, me apoiou, se reintegrou a minha vida e foi ocupando um espaço que parecia estar guardado há anos, só esperando você chegar”.
EM NOTA, A FAMÍLIA FALOU SOBRE O LEGADO DE GLAUTO TUQUARRE
Através do seu carisma e vontade imensa de mudar o mundo, Glauto Tuquarre transformou e salvou vidas. O médico oncologista, que também era pesquisador, professor e apaixonado em proporcionar o bem-estar para os seus pacientes.
Doutor Glauto nunca acreditou que o diagnóstico de câncer era uma sentença de morte. Preferia acreditar na esperança e na ciência. Pesquisava sobre tratamentos menos invasivos e melhores condições.
Além de médico, Glauto foi um bom pai, foi amigo, foi filho, foi irmão, foi marido, foi um ser humano iluminado. Sua luz e alegria contagiava quem o conhecia.
Nossos sentimentos e condolências a todos que o amavam! Em especial à sua esposa Lícia Tuquarre, aos pais, à filha e aos familiares. Muita força!
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