Três mulheres são presas, suspeitas de matarem adolescente na zona Sudeste de Teresina

O corpo da vítima foi encontrado no dia 27 de abril no povoado Boquinha

 

 

O corpo da vítima, Maria Camila, foi encontrado no dia 27 de abril no povoado Boquinha (Foto: Reprodução)

Três mulheres foram presas, nesta quinta-feira (9), suspeitas de envolvimento na morte da adolescente Maria Camila Ferreira Silva, de 16 anos. O corpo de Maria Camila foi encontrado no dia 27 de abril na zona Sudeste de Teresina.

O caso está sendo investigado pelo Núcleo de Feminicídio do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).

Segundo a delegada titular, Natália Sampaio, foram cumpridos três mandados de prisão. As suspeitas têm, aproximadamente, 20 anos.

A delegada não informou qual a participação das mulheres no crime e nem se há outras pessoas envolvidas.

Até o momento, não há informações sobre a motivação do crime.

Desaparecimento 

Maria Camila Ferreira Silva foi vista pela última vez no dia 23 de abril na Vila Irmã Dulce, zona Sul da capital. No dia, ela estava saindo de casa com uma amiga. O corpo dela foi encontrado poucos dias depois no povoado Boquinha, zona rural Sudeste.

De acordo com a família da adolescente, ela era dependente química. Horas antes do desaparecimento, a mãe, Maria Cleone, teria encontrado a filha andando pela vizinhança e a levou para casa.

Em seguida, a mãe precisou sair. Ao retornar, Maria Camila já não estava mais na residência.

No dia 25 de abril, ela recebeu uma fotografia da filha chorando pelo WhatsApp.

Ela procurou a Polícia Civil e registrou um Boletim de Ocorrência (B.O.) sobre o desaparecimento da filha. Uma investigação para tentar localizar Camila foi iniciada pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente.

No dia 27, o corpo da adolescente foi encontrado por um casal que, ao avistá-lo, avisou para outras pessoas e acionou a polícia.

A delegada Nathalia Figueiredo informou que ainda não é possível afirmar se a garota foi sequestrada. Somente com mais elementos que serão colhidos, durante a investigação, será possível esclarecer como aconteceram os fatos.

Ameaças

Segundo relato do padrasto de Camila, dias antes de desaparecer, a adolescente disse à mãe que recebeu ameaças de morte. “Ela relatou para a mãe uma vez. Chegou chorando, e disse ‘mãe, vão me matar, vão me matar’. A mãe perguntou o que ela tinha feito, e ela disse ‘nada’. Acho que ela queria proteger as irmãs, a família”, comentou.

A partir de então, os familiares buscaram formas de tirar a adolescente da vizinhança. Eles chegaram a enviá-la para uma instituição de apoio a dependentes químicos, mas Camila desapareceu antes que eles conseguissem.

“Isso pegou a gente de surpresa. O que aconteceu foi a pior desordem, não quero que ninguém sinta o que eu estou sentindo. Eu, o pai, a mãe, sempre dávamos conselho a ela: ‘Minha filha se saia desse tipo de coisa’. Quantos conselhos nós demos, e olha no que deu”, lamentou o avô de Camila.

 

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